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UE apoia Mercosul com concessão agrícola para França

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A Comissão Europeia divulgará na próxima quarta-feira (3), em Bruxelas, o texto do acordo comercial com os países do Mercosul, conforme informações de fontes europeias. Uma concessão sobre produtos agrícolas será negociada com a França, que até então se mostrou contrária ao tratado.

O acordo de livre comércio deverá ser aprovado na reunião dos comissários europeus, sendo o primeiro passo formal antes de ser submetido aos Estados-membros e ao Parlamento Europeu. O acordo possibilitará que a União Europeia aumente as exportações de carros, máquinas e bebidas alcoólicas para a Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai.

Em troca, será facilitada a entrada de carne, açúcar, arroz, mel e soja provenientes da América do Sul, o que pode representar desafios para alguns setores agrícolas europeus.

Desde o encerramento das negociações entre a UE e o Mercosul em dezembro, a França tem mantido sua resistência ao tratado, alegando que ele representa uma ameaça para diversas cadeias produtivas lucrativas do país, como gado, aves, açúcar e biocombustíveis. Por isso, pediu a inclusão de medidas adicionais de proteção.

De acordo com duas fontes europeias, a Comissão Europeia poderia apresentar uma concessão para assegurar garantias à França: um adendo foi preparado para fortalecer as cláusulas de proteção para os “produtos agrícolas sensíveis”.

Os 27 Estados-membros da União Europeia deverão discutir e votar esse texto finalizado. O Parlamento Europeu também terá que se manifestar através de uma votação em plenário.

O acordo possui uma parte política e outra comercial, e a França não possui poder para bloquear sozinha a parte comercial do tratado. Caso a ratificação não seja aprovada, será necessário que pelo menos quatro membros, representando no mínimo 35% da população da UE, vetem ou se abstenham.

A Comissão Europeia e países favoráveis, como a Alemanha, ressaltam a importância de ampliar as opções para os exportadores europeus, especialmente diante do retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e a manutenção das tarifas alfandegárias americanas sobre vários produtos europeus.

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