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UE explica como proteger agricultores europeus no acordo com Mercosul

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A União Europeia (UE) buscou tranquilizar os agricultores europeus nesta quarta-feira (8) sobre o acordo comercial com o Mercosul, comprometendo-se a avaliar os efeitos negativos das importações e a tomar medidas corretivas, se preciso.

No ano passado, UE e Mercosul firmaram um acordo para estabelecer a maior área de livre comércio global, abrangendo cerca de 700 milhões de pessoas, com Bruxelas iniciando a ratificação do acordo entre os países membros em setembro.

A Comissão Europeia assegurou que implementará medidas de proteção rigorosas para os agricultors do continente, vislumbrando o apoio da França, principal crítica do tratado.

A França mantém sua resistência ao acordo, temendo impactos na produção de carne bovina, frango e biocombustíveis, e requerendo proteções extras.

A expectativa da Comissão Europeia é que o acordo seja ratificado entre UE e Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai até o fim de 2025, durante a presidência brasileira do Mercosul.

Em apoio ao acordo, países como a Alemanha veem oportunidades para expandir seus mercados diante das novas tarifas dos EUA sob Donald Trump.

Entre as medidas propostas pela UE estão a supervisão intensificada de produtos sensíveis como carne bovina, frango, arroz, mel, ovos e alho.

A Comissão se compromete a enviar relatórios semestrais ao Parlamento Europeu e aos Estados-membros sobre o impacto das importações desses produtos originários do Mercosul.

Serão realizadas investigações caso os preços dos produtos importados do Mercosul sejam pelo menos 10% inferiores aos da UE, e se o volume de importações com isenção de impostos crescer mais de 10%.

Essas investigações terão prazo máximo de quatro meses e, caso reconheçam efeitos prejudiciais importantes, a UE poderá restaurar tarifas para os itens afetados.

Se um Estado-membro solicitar, e existirem razões suficientes, a Comissão iniciará uma investigação dentro de 21 dias.

Christophe Hansen, comissário europeu de agricultura, declarou que a Comissão está preparada para agir rápida e firmemente para defender o setor agroalimentar europeu.

De acordo com Bruxelas, o acordo propiciará aos exportadores europeus uma economia anual de mais de 4 bilhões de euros (aproximadamente 25 bilhões de reais) em tarifas ao comercializar com a América Latina.

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