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UE-Mercosul, as Empresas e as regras do acordo comercial

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Para Secretária Tatiana Prazeres, tratado traz a chance de mudar relações entre os hemisférios Norte e Sul

O sucesso do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul depende de como o setor privado conseguir aproveitar as vantagens que ele trará. Para isso, é fundamental que as empresas conheçam as regras dele, disse Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

“Este acordo cria uma série de oportunidades a partir de um marco regulatório que, na nossa visão, é positivo para os dois lados.Mas essas oportunidades só se traduzirão em negócios se o setor privado, de fato, conhecer os benefícios do acordo, as regras que foram negociadas”, disse, durante o Fórum de Investimentos Brasil-União Europeia, organizado pela ApexBrasil, pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e pela União Europeia, nesta quinta-feira, 29.

“A gente tem uma oportunidade histórica para mudar o patamar das relações entre o mundo sul e o mundo norte”, disse.

Prazeres afirmou que o tratado terá efeitos em três dimensões, na economia, na geopolítica e na sustentabilidade.

“Estamos falando de eliminar o imposto de importação para 90% do nosso fluxo de mercado com a União Europeia, ao longo do tempo, de modo seguro, negociável e livre afirmou.

“Nos interessa o fortalecimento de relações econômicas comerciais com países, com blocos, com regiões que desejam operar com base em regras que acreditam em comércio, em parcerias, e que o futuro compartilhado passa por previsibilidade e segurança jurídica. A dimensão geopolítica deste acordo já era importante antes e é ainda mais no mundo de hoje”, afirmou, em uma referência velada à guerra comercial iniciada pelo presidente americano Donald Trump.

Na agenda de sustentabilidade, ela citou os compromissos na área de preservação ambiental, mas também medidas trabalhistas e de inclusão social.

Histórico do Acordo UE-Mercosul
O acordo entre Mercosul e União Europeia é negociado há 20 anos. No final de 2024, ele foi finalizado e aprovado pelos países do Mercosul, mas ainda precisa ser aprovado pelos países europeus para entrar em vigor.

O tratado entre os dois blocos abrangerá 20% do PIB mundial e beneficiará 750 milhões de pessoas. A ApexBrasil estima que as exportações do Brasil para a Europa possam crescer 10% nos quatro primeiros anos após o acordo passar a vigorar, e que a alta pode chegar a 30% até 2035.

Na manhã desta quinta, o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, disse ainda esperar que o acordo entre União Europeia e Mercosul seja finalizado até dezembro deste ano.

“Em junho ou julho, o acordo será enviado para o Conselho Europeu. Nosso objetivo é que a assinatura possa ser coincidente com a reunião de cúpula do Mercosul, em dezembro”, disse, em entrevista coletiva no fórum.

A reunião de cúpula do Mercosul será realizada este ano no Brasil, pois o país está com a presidência temporária do bloco neste ano. Costa disse que seria importante ter a finalização do acordo durante o mandato brasileiro, pois o país se empenhou muito por sua conclusão.

 

 

 

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