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UE vai acelerar revisão da proibição de vender carros a gasolina e diesel

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A União Europeia (UE) anunciou nesta sexta-feira (12) que irá acelerar a revisão de seus planos para suspender a venda de veículos com motores a gasolina e diesel até 2035, devido à crescente pressão da indústria automotiva europeia, que enfrenta uma crise.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, declarou isso durante uma reunião em Bruxelas com os principais líderes do setor automotivo europeu, em um encontro estratégico sobre o futuro da indústria.

Um porta-voz do chefe da indústria da UE, Stéphane Séjourné, informou que a revisão da legislação, prevista inicialmente para 2026, será antecipada para fornecer clareza aos fabricantes o mais rápido possível.

Von der Leyen prometeu apresentar uma nova proposta ainda em dezembro, segundo William Todts, diretor do grupo ambientalista Transporte & Meio Ambiente (T&E), presente nas negociações.

Este foi o terceiro encontro do ano dentro de uma iniciativa lançada em janeiro pela UE para ajudar o setor automotivo, que emprega 13 milhões de pessoas e representa 7% do PIB europeu, a enfrentar os desafios da eletrificação, competição e tensões comerciais.

Von der Leyen afirmou em uma mensagem na rede social X que a Europa deve continuar liderando a inovação no setor automotivo.

Entre os participantes estavam os principais executivos automotivos: François Provost (Renault), John Elkann (Stellantis), Oliver Zipse (BMW) e Ola Källenius (Mercedes-Benz).

As montadoras, que recentemente obtiveram o adiamento de uma norma sobre emissões de CO2, agora concentram seus esforços na proibição, prevista para 2035, da venda de carros novos e veículos utilitários leves movidos a gasolina e diesel, incluindo modelos híbridos.

Essa medida faz parte do Pacto Verde Europeu, aprovado em março de 2023, apesar das resistência da Alemanha.

Essa posição da indústria automotiva europeia é contestada por grupos ambientalistas e fabricantes de carros elétricos, que afirmam que manter a proibição é essencial para estimular investimentos e inovação no segmento.

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