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Um terço da população mundial não pode ver a Via Láctea

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A iluminação artificial ofusca os corpos celestes e interfere em observações astronômicas

A Via Láctea vista da Lagoa Tebinquinche no Deserto do Atacama, no norte do Chile (Nicholas Buer/VEJA/VEJA)

A Via Láctea vista da Lagoa Tebinquinche no Deserto do Atacama, no norte do Chile (Nicholas Buer/VEJA/VEJA)

Um terço da população mundial não consegue ver a Via Láctea a olho nu por causa da poluição luminosa das áreas urbanas, segundo cientistas. O estudo foi publicado nesta sexta-feira na revista Science.

A iluminação artificial ofusca os corpos celestes e interfere em observações astronômicas. A equipe de cientistas usou imagens de satélite de alta resolução e medições do brilho do céu para produzir uma espécie de atlas da poluição luminosa, com versão interativa na internet.

A maioria dos países onde o céu é mais limpo fica no continente africano, como Madagascar, onde quase 80% da população consegue admirar a beleza da galáxia.

Situação oposta vivem os países mais ricos. Para 60% dos europeus e quase 80% dos norte-americanos, as estrelas mal podem ser avistadas.

Para a América Latina, a porcentagem da população impedida de observar a Via Láctea é 32,3% no Brasil, 39,7% no Chile e 57,7% na Argentina.

“A Via Láctea é um brilhante rio de estrelas que dominou o céu noturno e a imaginação humana desde tempos imemoriais e os cientistas esperam que o atlas consiga abrir os olhos das pessoas para o problema da poluição luminosa”, disse Chris Elvidge, americano do Centro para a Informação Ambiental de Boulder, um dos cientistas que trabalharam no projeto.

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