UNE pede mais verba para educação em evento com Lula

A União Nacional dos Estudantes (UNE) entregou nesta quinta-feira, 17, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma carta criticando as rígidas regras do arcabouço fiscal e solicitando maiores investimentos para combater o bolsonarismo nas eleições de 2026.

A carta foi apresentada por estudantes durante o 60º Congresso da UNE, realizado em Goiânia. Lula ouviu atentamente o discurso ao lado da primeira-dama, Rosângela da Silva, também conhecida como “Janja”. Após a leitura, cumprimentou os jovens e posou para fotos com a bandeira do Brasil.

No documento, a UNE destaca que não é possível organizar um projeto nacional consistente com as severas limitações do arcabouço fiscal para o orçamento da educação. Ressaltam a necessidade de avançar na autonomia das universidades, garantindo um orçamento estável para as instituições federais para que possam enfrentar as crises com segurança.

Os estudantes enfatizam que a educação é fundamental para que o país se desenvolva e supere desigualdades históricas. Para atingir esses objetivos, pedem a exclusão das despesas prioritárias do limite de gastos imposto pelo arcabouço fiscal, principal medida da equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O documento afirma que não é viável pensar em um Brasil futuro com educação, ciência, saúde e direitos sociais restritos pelas normas do arcabouço fiscal. Para enfrentar a extrema-direita e suas notícias falsas, além da concentração de renda e perdas sociais, é crucial fortalecer o papel do Estado com amplos investimentos nestes setores e engajar o povo na luta ideológica.

Antes mesmo da chegada de Lula, estudantes já protestavam contra o arcabouço fiscal, clamando por mais recursos para a educação.

Durante o evento, o presidente destacou sua postura soberana ao afirmar que não permitirá ordens de estrangeiros, provocando entusiasmo no público. Em uma analogia ao jogo truco, declarou: “Quando alguém desafia, temos que decidir se recuamos ou respondemos firmes. Estou no jogo. O Brasil preza uma boa negociação.”