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União e PP formam federação com quatro ministérios no governo Lula
As executivas nacionais dos partidos União Brasil e PP confirmaram na última terça-feira a aprovação de uma federação entre as duas siglas. Apesar de ambos os partidos ocuparem quatro ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o evento teve discursos de diversos governadores de oposição, com declarações diretas contra o petista, mirando as eleições presidenciais de 2026.
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e apontado como possível líder para unir partidos de centro e centro-direita como alternativa presidencial no próximo ano, esteve presente e falou em tom nacional. Ele evitou mencionar diretamente as eleições ou o governo, mas afirmou que essa união representa uma transformação importante para o Brasil.
“O que celebramos hoje é a união de talentos que estarão à disposição do país para promover mudanças significativas. Quero parabenizar a todos e dizer que o Brasil conta com vocês para muitas conquistas e que este é o início de um processo de renovação e esperança”, declarou Tarcísio.
O governador também ressaltou temas essenciais para o futuro do país, afirmando que a federação entre União e PP contribuirá para debater assuntos como reforma política, envelhecimento populacional, financiamento público da saúde, pacificação social e soluções para crises fiscais.
Outro destaque foi o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que declarou claramente que a solução para o país passa por derrotar Lula nas eleições de 2026. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também criticou a atual gestão e mencionou que a vitória de Lula em 2022 foi apertada, ressaltando a falta de diálogo do presidente com forças políticas amplas.
O encontro reuniu vários integrantes da oposição, incluindo membros do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o governador de Santa Catarina, Jorginho (PL). Nenhum representante do PT participou, contudo, os ministros do Turismo, Celso Sabino (União), e dos Esportes, André Fufuca (PP), estiveram presentes.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foi o primeiro a discursar e buscou dar um tom de neutralidade, afirmando que o movimento não está alinhado automaticamente ao governo ou à oposição.
Com quatro ministérios no governo Lula, porém com parlamentares e dirigentes que expressam oposição, União Brasil e PP formalizaram a federação que passará a contar com as maiores bancadas no Congresso. A expectativa é que a saída dos cargos ministeriais ocorra após autorização do Tribunal Superior Eleitoral para a federação.
A federação contará com 109 deputados, a maior bancada da Câmara, e 14 senadores, liderando o Senado junto com o PL. Além disso, terão o maior fundo partidário do país, no valor de R$ 954 milhões, sete governadores e 1.343 prefeitos, a maior quantidade entre os partidos.
O número de governadores aumentou recentemente com a filiação de Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, ao PP, que saiu do PSDB. O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), também participou, sendo sondado para filiar-se ao PSDB ou União Brasil, porém ainda consultando suas bases para decidir.
Enquanto aguardam a formalização da federação pela Justiça Eleitoral, o deputado licenciado Celso Sabino permanece no Ministério do Turismo pelo União e o deputado licenciado André Fufuca no Ministério dos Esportes pelo PP. Fufuca declarou apoio pessoal ao presidente Lula, mas afirmou que ainda é cedo para a federação posicionar-se sobre a eleição de 2026.
Davi Alcolumbre também negociou indicações para os ministérios das Comunicações e da Integração Nacional, com nomes que pretendem concorrer ao Senado no próximo ano. Essas movimentações refletem a estratégia política diante do cenário esperado no Congresso.
No lado do PP, o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), negociou cargos com o governo e apoiou o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, além de direcionar indicações de partidos do Centrão para vice-presidências no banco.

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