Universidade Cornell paga US$ 60 milhões para encerrar conflito com Trump

A Universidade Cornell concordou em pagar 60 milhões de dólares para resolver uma controvérsia com o governo do ex-presidente Donald Trump. Com esse acordo, Cornell poderá recuperar 250 milhões de dólares em recursos federais bloqueados, conforme anunciado na sexta-feira, dia 7.

Durante o governo Trump, várias instituições de ensino superior de prestígio foram alvo de críticas do então presidente, que as acusava de promoverem viés político e de terem ambientes hostis para estudantes judeus e israelenses. Como consequência, a Universidade Cornell sofreu a suspensão de professores, cancelamento de financiamentos e congelamento de verbas, resultando em um prejuízo estimado de 250 milhões de dólares.

O governo Trump iniciou investigações contra essas universidades, alegando que permitiam discriminação durante protestos relacionados ao conflito em Gaza. Pelo acordo firmado, Cornell investirá 30 milhões de dólares ao longo de três anos para apoiar pesquisas que fortaleçam a agricultura dos Estados Unidos e pagará outros 30 milhões diretamente ao governo federal no mesmo período. Em contrapartida, as investigações em andamento serão encerradas.

A universidade enfatizou que o acordo não representa uma admissão de culpa. O presidente de Cornell, Michael Kotlikoff, expressou satisfação com o desfecho, ressaltando que o compromisso do governo de fazer cumprir as leis contra a discriminação foi mantido, preservando a liberdade acadêmica e a independência institucional da universidade.

Ele também destacou que o pacto permitirá à instituição retomar seu trabalho de ensino e pesquisa em parceria com agências federais. Inicialmente, Donald Trump tentou intervir nas decisões de admissão e contratação das universidades investigadas, mas o acordo assegura que Cornell continuará a gestá-las de forma independente, baseando-se no mérito dos candidatos.