Uso de celular cai 75% nas escolas públicas de São Paulo em 8 meses

As ocorrências de uso de celular nas escolas estaduais de São Paulo diminuíram 75% entre o início do ano e outubro, quando entrou em vigor a proibição desses aparelhos nas instituições de ensino.

Dados da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) mostram que em fevereiro, o primeiro mês do ano letivo, foram registrados cerca de 24 mil casos de uso de celular na plataforma Conviva-SP; em outubro, esse número caiu para menos de 6 mil.

O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) sancionou a lei que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos nas escolas em dezembro de 2024. A administração estadual destaca que as escolas têm adotado medidas pedagógicas e de conscientização para garantir o cumprimento da norma junto a alunos e responsáveis.

“As equipes escolares possuem autonomia, respaldada pela legislação estadual, para escolher as melhores estratégias para aplicar a lei, registrando na plataforma Conviva-SP apenas incidentes que contrariem a norma”, declarou a secretaria em comunicado.

Regras da lei que proíbe celulares nas escolas

• Alunos não podem usar celulares e outros aparelhos eletrônicos, inclusive durante o recreio.
• Existem exceções para atividades pedagógicas.
• O uso é permitido para acessibilidade, inclusão e necessidades de saúde dos estudantes.
• A legislação determina que as escolas criem formas de guardar os celulares longe das crianças, caso sejam levados.

A Seduc ressalta que a lei não prevê punições para os alunos e que “é responsabilidade da gestão escolar dialogar com os responsáveis para definir as medidas apropriadas”.

Com a lei em vigor, os estudantes passaram por uma mudança em seus hábitos. Conforme noticiado pelo Metrópoles, inicialmente, houve resistência, especialmente entre alunos do ensino médio.

Escolas que implementaram bem a medida relatam melhorias no desempenho escolar dos alunos, além de avanços na convivência social.