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USP encerra a Poli em Santos e servidores enfrentam dificuldades com mudança para São Paulo

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A Universidade de São Paulo (USP) optou por encerrar as atividades da Escola Politécnica (Poli) em Santos, no litoral de São Paulo, transferindo todo o corpo funcional para o campus do Butantã, na capital paulista. Os servidores têm encontrado obstáculos durante a mudança para São Paulo e recorreram à Justiça para tentar permanecer na região da Baixada Santista.

No campus santista, até o ano de 2021, era oferecido o curso de Engenharia de Minas e Petróleo, que teve sua transferência solicitada pelos próprios estudantes para São Paulo, conforme informado pela universidade. A Poli destacou que os motivos para essa mudança incluem a elevada evasão de alunos, os problemas na infraestrutura da unidade e as dificuldades enfrentadas pelos alunos para se manterem em Santos.

“Diferente do que se imaginava na concepção do curso, a maior parte dos candidatos no vestibular da FUVEST residia na capital, e não na Baixada Santista, o que gerava altos custos com transporte e moradia para as famílias”, explicou a instituição em comunicado.

A universidade esclareceu que a decisão já havia sido comunicada em 2020, quando a transferência foi aprovada, mas precisou ser adiada em razão da pandemia da Covid-19. Apesar da suspensão das atividades acadêmicas, o prédio em Santos continua a abrigar um laboratório de pesquisa e mantém operações administrativas da faculdade.

Servidores contestam transferência compulsória

Contrários à decisão, os servidores que atuavam no campus buscaram a Justiça para contestar a medida. Eles argumentam que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) proíbe a transferência compulsória nos casos de mudança de domicílio ou quando há prejuízo ao trabalhador.

O juiz responsável pela análise inicial do processo rejeitou o pedido liminar, destacando que o contrato da USP não determina um local fixo para a prestação do serviço, estando originalmente vinculado à unidade em São Paulo. O magistrado também afirmou que a transferência é justificada pela extinção do curso de Engenharia de Petróleo, uma exceção prevista na CLT. Está prevista uma audiência entre as partes para discussão futura.

Aulas agora na capital

Desde o término da pandemia, as aulas do curso são ministradas no campus da capital, com alunos e professores acessando o local regularmente. A previsão é que até o dia 4 de agosto do corrente ano a mudança definitiva dos funcionários técnicos e administrativos ocorra para São Paulo.

“Informamos que a única atividade que permanecerá em Santos até 2026 é o Laboratório Multiusuário InTRA-USP, que conta com uma equipe multidisciplinar composta por geólogos, engenheiros, químicos, físicos, além de pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação”, afirmou a Poli.

A universidade ressaltou que desde a transferência das aulas para São Paulo, o curso de Engenharia de Petróleo melhorou sua colocação nos rankings internacionais, atingindo a melhor posição entre os cursos de graduação da América Latina na comparação internacional pelo QS Ranking 2025.

Quanto às vagas, o sistema de ingresso foi modificado em 2024, passando a ofertar 65 oportunidades para as opções Engenharia de Minas e Engenharia de Petróleo — um acréscimo de 30 vagas em relação ao sistema anterior.

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