Se a viagem foi planejada com antecedência, os especialistas aconselham a trocar dólares aos poucos. “Ao comprar em semanas diferentes, você dilui os riscos de prejuízo e consegue um bom preço médio para o valor necessário”, explica Wilson Pires, professor de Contabilidade do Centro Universitário FEI. Geralmente, é possível encontrar a moeda com cotações mais baixas no dia seguinte a uma forte desvalorização do dólar.

Para fazer um bom negócio, o melhor é pesquisar o preço da moeda estrangeira em, no mínimo, quatro diferentes casas de câmbio. Alguns sites podem ajudar nessa tarefa, ao listar as taxas praticadas por estabelecimentos da cidade selecionada. A variação costuma ser pequena, cerca de R$ 0,02 a R$ 0,03. No entanto, dependendo da quantia que será comprada, faz diferença no orçamento. “Algumas corretoras de maior porte podem conseguir vender dólares a um preço menor em função do volume operado, repassando isso ao consumidor”, explica Fernando Pinho, economista e consultor financeiro.

O economista Marcos Silvestre, idealizador do Programa de Reeducação e Orientação Financeira e Empreendedora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), avalia que, em cenário pré-impeachment, estabeleceu-se quase que uma regra. “Em dia de notícia importante e desfavorável para o governo, a tendência é que a cotação fique mais baixa. Portanto, é um momento propício para a compra”, recomenda.

Segundo ele, se você tem o costume de comprar dólares sempre em uma mesma casa de câmbio, pode conseguir descontos que variam de R$ 0,02 a R$ 0,05.

Há um certo consenso entre os economistas de que a cotação de equilíbrio do câmbio para as contas externas brasileiras, atualmente, seria algo em torno de R$ 3,50 para cada US$ 1. Cotações próximas ou abaixo disso tornam a compra vantajosa.

Casas de câmbio trabalham com um produto (no caso, a moeda), como qualquer outra empresa, e estão sempre dispostas a fazer negócio. Para isso, podem até cobrir a oferta de outro estabelecimento. A recomendação para negociar melhor é ter em mãos os orçamentos de diferentes casas.

A alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrada sobre moeda estrangeira em cartões pré-pagos é de 6,38%, enquanto a de dinheiro em espécie é de 0,38%. Por exemplo: US$ 1 custa a partir de R$ 3,69 em espécie e R$ 3,89 no cartão.