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valdemar admite plano de golpe mas nega crime no ocorrido
O presidente do Partido Libera (PL), Valdemar Costa Neto, declarou neste sábado que houve realmente um planejamento de golpe no Brasil, porém negou que tenha existido um crime associado a essa movimentação. Ele também minimizou os eventos de 8 de janeiro, descrevendo-os como ações de “um grupo de pouca expressão”.
“Houve um planejamento de golpe, mas o golpe efetivo não aconteceu. A legislação brasileira determina: ‘se alguém planeja um assassinato, mas não chega a executar, não é considerado crime.’ Portanto, o golpe não configurou crime. O problema foi a confusão ocorrida em 8 de janeiro, que o Supremo classificou como golpe. Isso é absurdo, considerando que foi apenas um grupo desorganizado causando tumulto”, afirmou o presidente do PL.
Valdemar classificou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado, como exagerada, mas ressaltou que essa decisão deve ser acatada. As declarações foram feitas durante um painel em um evento do setor equino realizado na cidade de Itu, no interior de São Paulo. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e o deputado estadual bolsonarista Tomé Abduch (Republicanos) também estiveram presentes.
As declarações geraram repercussão nas redes sociais, sendo utilizadas por opositores de Bolsonaro como argumento crítico.
“Houve um planejamento de golpe, mas o golpe não ocorreu” – Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro.
Entretanto, a deputada federal Carol de Toni, representante da base bolsonarista, usou sua conta no X para afirmar que “não houve tentativa de golpe em 8 de janeiro”, sem mencionar diretamente Valdemar.
Condenação de Bolsonaro
Na última quinta-feira, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou e condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus aliados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e dano ao patrimônio histórico. Os votos favoráveis à condenação foram dos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Alexandre de Moraes, relator do processo, enquanto o ministro Luiz Fux votou pela absolvição. Esta é a primeira condenação de um ex-presidente brasileiro por tentativa de golpe na história do país.
Além do contexto jurídico, mesmo antes da condenação, aliados do ex-presidente já vinham debatendo sobre a possível candidatura da direita para as eleições de 2026. Lideranças do Centrão incentivam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a disputar o pleito, embora essa ideia tenha sido negada publicamente pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Oficialmente, Tarcísio mantém sua intenção de buscar a reeleição ao governo paulista, mas há sinais de movimentos para que ele ganhe projeção em nível nacional, incluindo discussões sobre um projeto de anistia.
Outros nomes da direita têm tentado ocupar o espaço político deixado por Bolsonaro, que, apesar de estar declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda demonstra a intenção de concorrer.

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