O DFTrans deve estabelecer em até três semanas novos critérios de segurança no uso do vale-transporte. A intenção é coibir fraudes no sistema de bilhetagem reveladas pela operação Trickster, que levaram em março à exoneração do então diretor, Léo Carlos Cruz.
O novo chefe do DFTrans, Marcos Tadeu de Andrade, disse que serão implementados dispositivos chamados “travas”, que bloqueiam o uso do cartão quando é atingido um limite pré-estabelecido.
Entre os exemplos de travas a serem colocadas está a de limitação de viagens durante um dia. Atualmente, o DFTrans estuda estipular um máximo de oito viagens por dia. Mais do que isso, o sistema não aceitaria.
“Isso hoje não tem um travamento. Vamos procurar demonstrar evidenciar pro sistema travar isso, permitir uma quantidade maxima de viagens por dia. Porque daí, nem que a pessoa queira nem que ela queira descarregar ela vai conseguir”, explicou Andrade.
Outra medida a ser colocada tenta impedir o descarregamento do cartão. Ou seja, que o cartão seja “artificialmente” passado diversas vezes em pouco tempo. A ideia é proibir que boa parte do saldo seja descontada em um espaço de dois segundos.
De acordo com a polícia, as fraudes no sistema funcionavam assim: o grupo descarregava os créditos dos cartões de vale-transporte nos validadores de ônibus que faziam trajetos rurais de forma sequencial e em linhas distintas.
A última “equipe”, que transformava créditos fictícios em dinheiro em espécie, tinha pessoas físicas e jurídicas prestadoras do serviço de transporte público.
No último dia 10, o Ministério Público denunciou cinco pessoas suspeitas de participarem do esquema à Justiça. Do ponto de vista administrativo, a previsão é de que as sindicâncias sobre o caso ocorram diretamente por meio da Controladoria-Geral do DF.
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