O ritmo de queda das vendas varejo brasileiro acelerou em setembro, quando o setor registrou o pior resultado para o mês em catorze anos, encerrando o terceiro trimestre com perdas acentuadas. O resultado indica que a recuperação da economia brasileira ainda caminha a passos lentos.
As vendas varejistas recuaram 1% em setembro em relação ao mês anterior, após quedas de 0,8% em agosto e de 0,7% em julho. Essa é a pior leitura para setembro desde 2002 (-1,2%) e igualou a perda vista em março deste ano, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
Em relação a setembro de 2015, as vendas recuaram 5,9%, marcando o 18º mês seguido de leitura negativa. Ainda que inflação e juros estejam em trajetória de queda, ambos pesaram contra o desempenho. No terceiro trimestre, a queda foi de 2,4%.
“As perdas foram generalizadas, e isso é um sinal de alerta. Depois de três meses consecutivos de quedas, o que concluímos é que o varejo se enfraqueceu por causa do ambiente econômico”, disse Isabella Nunes, economista do IBGE.
Entre as atividades do varejo restrito, seis mostraram perdas na comparação mensal, com destaque para a queda de 1,4% de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; e de 2,1% por cento de móveis e eletrodomésticos. Apenas o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos mostrou alta, de 1%, na comparação com agosto.
(Com Reuters)
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