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Venezuela acusa aviões de guerra dos EUA de se aproximarem de sua costa

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Venezuela informou nesta quinta-feira (2) que cinco caças americanos chegaram perto de suas águas territoriais, no contexto da crise gerada pelo movimento militar dos EUA na região do Caribe para ações contra o tráfico de drogas.

Em uma declaração na televisão estatal, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou que o sistema de defesa aérea do país detectou a presença de mais de cinco veículos aéreos identificados como aviões de combate.

Os Estados Unidos transferiram cerca de um mês atrás dez caças F-35 para Porto Rico, como parte das iniciativas que também englobam a presença de oito navios de guerra.

O presidente Nicolás Maduro classificou essa movimentação como um cerco e uma ameaça à Venezuela.

Padrino declarou: “O governo dos EUA tentou se aproximar das fronteiras marítimas venezuelanas”. Ele acrescentou que essa presença não intimida o país e que estão monitorando a situação.

Ele afirmou também que considera essa ação uma provocação e uma ameaça direta à segurança nacional venezuelana.

Embora o ministro não tenha especificado o local exato dos caças, mencionou que pilotos de aviões comerciais os visualizaram.

Nas últimas semanas, quatro embarcações supostamente usadas por narcotraficantes foram destruídas em ataques realizados pelos EUA.

Caracas acredita que o presidente dos EUA, Donald Trump, está usando a luta contra o narcotráfico como justificativa para tentar derrubar Maduro e controlar as vastas reservas de petróleo venezuelanas.

Movimentações para proteger a soberania

Maduro respondeu com a mobilização das milícias populares e a realização de exercícios militares, incluindo atividades no início de setembro em La Orchila.

Foram mobilizados navios de guerra, helicópteros, aviões e veículos anfíbios, contando com cerca de 2.500 militares.

Também ocorreram simulações de emergência e treinamento para membros da Milícia Bolivariana, um grupo militar civil.

O presidente anunciou ainda um possível decreto para instaurar o estado de comoção exterior, uma medida que aumenta seus poderes em situações de conflito e que nunca foi antes aplicada, podendo restringir garantias constitucionais.

Além disso, antecipou o início do período natalino para 1º de outubro, como forma de preservar o direito à felicidade dos cidadãos.

Decorações foram instaladas em prédios públicos e o início da temporada foi marcado por fogos de artifício, incluindo na sede do serviço de inteligência, o Helicoide, onde há detentos políticos.

Padrino também divulgou um relatório sobre ações contra o narcotráfico e informou a destruição de acampamentos de grupos guerrilheiros colombianos, como o ELN e dissidências das Farc.

O ministro afirmou: “Estamos firmes para proteger nossa soberania e nosso território contra qualquer invasor”.

Ele concluiu com um alerta: “Aqueles envolvidos com o tráfico de drogas devem deixar a Venezuela e praticar suas atividades ilícitas em outro lugar”.

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