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Venezuela bloqueia uso de drones por 30 dias em seu espaço aéreo

A Venezuela anunciou a suspensão temporária da compra, venda e operação de drones em seu espaço aéreo a partir de terça-feira, 19 de agosto, intensificando as medidas diante do clima de tensão com os Estados Unidos.
De acordo com o comunicado do ministro dos Transportes, Ramón Velásquez Araguayán, o governo decidiu proibir a fabricação, importação, comercialização, treinamento, registro e voos dessas aeronaves comandadas remotamente.
O presidente Nicolás Maduro relatou um aumento nas ameaças vindas dos EUA e declarou sua intenção de mobilizar mais de 4,5 milhões de milicianos para garantir a segurança nacional.
Essas milícias, instituídas por Hugo Chávez, têm a função de apoiar as Forças Armadas na proteção do país contra ataques internos e externos.
Maduro, que já enfrentou tentativas de golpes e atentados, frequentemente aponta para conspirações, resultando na detenção de diversas pessoas, embora as conclusões dessas investigações raramente sejam divulgadas.
A suspensão do uso de drones tem vigência inicial de 30 dias, podendo ser renovada, e não afetará os órgãos de segurança e defesa da Venezuela.
A responsabilidade pelo cumprimento da medida ficará a cargo do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), que atuará em conjunto com os ministérios do Interior, Defesa, Economia e Finanças.
Na Venezuela, o registro de drones no INAC é obrigatório para operar legalmente, independentemente do peso do equipamento. Os operadores também devem possuir licença e seguro de responsabilidade civil para cobrir eventuais danos a terceiros. A ausência desses documentos tem sido motivo para prisões ao longo dos anos.

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