Venezuela lança operação contra drogas com EUA acusando Maduro

A Venezuela iniciou nesta segunda-feira (25) uma ampla ação de segurança envolvendo 15.000 integrantes de suas forças na fronteira com a Colômbia para combater o tráfico de entorpecentes. Esta movimentação ocorre enquanto os Estados Unidos acusam o presidente Nicolás Maduro de comandar uma organização criminosa de drogas.

Os Estados Unidos planejam posicionar três destróieres com mísseis em águas internacionais próximas à costa venezuelana para realizar operações contra o narcotráfico. Maduro vê essa ação como uma ameaça e, em resposta, abriu inscrições no exército para aumentar o contingente militar.

Essa mobilização vem logo após o governo norte-americano acusar Maduro e seus aliados, inclusive o ministro do Interior, Diosdado Cabello, de integrar um suposto cartel de drogas conhecido como Cartel dos Sóis, oferecendo recompensas de 50 e 25 milhões de dólares pela captura de cada um.

Cabello questionou por que os EUA não concentram suas frotas e aeronaves para combater os 87% do narcotráfico que afirma sair da Colômbia, ao invés de focar nos 5% supostamente vindos da Venezuela.

Em coletiva, Cabello anunciou reforços nas operações nos estados de Zulia e Táchira, próximos à Colômbia. Disse que Maduro ordenou a mobilização inicial de 15.000 soldados.

Destacou ainda que a Venezuela está enfrentando efetivamente o tráfico de drogas e atividades criminosas em todas as suas áreas, afirmando a apreensão de 52,7 toneladas de entorpecentes até o momento em 2025, o que corresponderia a 70% a 80% do total trafegado pelo país.

Cabello negou qualquer ligação do governo com o narcotráfico e acusou a oposição de colaborar com grupos criminosos colombianos.