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Venezuela quer acabar com acordos de gás com Trinidad após exercícios militares com EUA

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O Ministério de Hidrocarbonetos da Venezuela e a estatal petrolífera PDVSA sugeriram ao presidente Nicolás Maduro, na última segunda-feira (27), a suspensão dos acordos energéticos com Trinidad e Tobago após a chegada de um navio militar dos Estados Unidos para realizar exercícios na região.

Recentemente, Trinidad recebeu autorização dos EUA para explorar um campo próximo à fronteira com a Venezuela, em meio ao embargo vigente desde 2019. Até o momento, Maduro não se manifestou sobre o assunto.

As relações entre os dois países se agravaram desde que Kamla Persad-Bissessar assumiu o governo em Port of Spain, adotando uma postura contra a migração venezuelana e alinhada com Washington. Ela está atualmente recebendo o navio USS Gravely para atividades conjuntas, no contexto de operações antinarcóticos no Caribe, que, segundo Maduro, têm o intuito de removê-lo do poder.

Delcy Rodríguez, vice-presidente e responsável pela pasta de Hidrocarbonetos, declarou que a primeira-ministra age de forma hostil e apoiando planos militares dos EUA contra a Venezuela.

Rodríguez afirmou que Trinidad tem se transformado em uma base militar dos EUA como parte de planos de confrontação, caracterizando uma disputa pelo controle do petróleo e gás.

A equipe técnica de petróleo recomendou a Maduro romper um acordo de cooperação firmado em 2015, suspendendo todos os contratos relacionados ao gás com Trinidad e Tobago.

Persad-Bissessar está acreditando nas falsas informações dos EUA sobre possíveis invasões para tomar o gás venezuelano, enquanto o único caminho viável é a colaboração energética.

O navio USS Gravely permanecerá em Trinidad até 30 de outubro, sendo uma das sete embarcações enviadas ao Caribe pelo governo Trump, que em breve contará com apoio do porta-aviões Gerald R. Ford.

As ações militares americanas na região resultaram na morte de pelo menos 43 pessoas em dez ataques contra embarcações suspeitas de narcotráfico.

A Venezuela afirma ter desarticulado recentemente um grupo criminoso ligado à CIA, que tinha a intenção de atacar o USS Gravely para implicar o país nas ações hostis.

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