Vice de Nunes, Mello Araújo vai visitar Bolsonaro na próxima terça-feira

O vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo (PL), estará em Brasília na próxima terça-feira (26/8) para uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que encontra-se em prisão domiciliar.

A visita foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 12 de agosto. O mesmo ministro também permitiu que Bolsonaro fosse ao hospital no último sábado (16/8) para realizar uma série de exames médicos.

Além de Mello Araújo, o senador Rogério Marinho (PL) visitará Bolsonaro em 22/8; o deputado federal Altineu Côrtes (PL), no dia 25/8; e o deputado estadual de São Paulo Tomé Abduch (Republicanos) no dia 27. Os encontros estão previstos para ocorrer entre 10h e 18h.

No dia 14 de agosto, o ministro Moraes aprovou a visita do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que deverá acontecer em 28 de agosto.

Mello Araújo, que foi indicado por Bolsonaro para ser vice da chapa de Ricardo Nunes (MDB) na eleição de 2024 para a prefeitura, tem usado as redes sociais para criticar as medidas legais contra o ex-presidente, em particular as punições relacionadas ao processo sobre a tentativa de golpe de Estado no qual Bolsonaro é réu.

Em uma postagem recente no Instagram, o vice-prefeito declarou que a prisão preventiva e a proibição de Bolsonaro de se manifestar nas redes sociais criam uma impressão como se o ex-presidente estivesse falecido, apesar de estar vivo.

No último ato bolsonarista na Avenida Paulista, onde ambos participaram, Mello Araújo discursou em um trio elétrico, enquanto Bolsonaro não fez pronunciamento público.

A aproximação entre o bolsonarismo e aliados como Mello Araújo é considerada uma estratégia para fortalecer a candidatura de Ricardo Nunes ao governo de São Paulo em 2026. Nesse contexto, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) seria o candidato apoiado por Bolsonaro à Presidência e também apoiaria a campanha de Nunes para o Palácio dos Bandeirantes.

Se Nunes for candidato, ele deverá deixar a prefeitura até abril, com Mello Araújo assumindo o cargo.

Prisão domiciliar e julgamento

Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar desde 4 de agosto, decisão tomada por Alexandre de Moraes devido ao descumprimento de medidas cautelares como a proibição do uso das redes sociais. Durante sua prisão, Bolsonaro participou, por vídeo, de um ato em Copacabana no dia 3.

O ex-presidente enfrenta acusações de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado.

Com as defesas tendo apresentado suas alegações finais, o julgamento está previsto para iniciar em 2 de setembro.