Vice-presidente dos EUA afirma que Rússia fez concessões importantes a Trump sobre Ucrânia

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, rejeitou as alegações de que Moscou estaria obstruindo um acordo de paz com a Ucrânia, afirmando que a Rússia realizou concessões significativas ao presidente americano, Donald Trump, em relação a seus critérios para o fim do conflito.

“Acredito que os russos ofereceram concessões importantes ao presidente Trump pela primeira vez em mais de três anos deste conflito”, declarou Vance no programa de entrevistas dominical da NBC, “Meet the Press with Kristen Welker”.

“Na verdade, eles demonstraram flexibilidade em algumas de suas demandas fundamentais”, acrescentou. O enviado americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, está em Kiev neste domingo (24), acompanhado pelo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, e pelo presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, durante as comemorações do 34º aniversário da independência ucraniana, em meio a esforços diplomáticos que aparentam estar estagnados para encerrar o conflito.

No entanto, segundo Vance, a Rússia está avaliando “o que seria necessário para encerrar a guerra”. “Certamente, eles ainda não alcançaram esse objetivo, e o conflito continua, mas estamos engajados em um processo diplomático de boa fé”, disse o vice-presidente.

Ele também ressaltou que os Estados Unidos, cujo líder obteve uma aproximação notável com Vladimir Putin, estão buscando negociar intensamente com russos e ucranianos para identificar pontos comuns e cessar as mortes.

Trump está “tentando conduzir uma diplomacia agressiva e firme”, destacou. “A guerra não favorece ninguém — nem a Europa, nem os Estados Unidos — e acreditamos que nem a Rússia nem a Ucrânia tenham interesse em continuar o combate”, concluiu.

Apesar dos esforços de mediação liderados pelo presidente americano — incluindo a cúpula de Anchorage com Putin e a reunião recente na Casa Branca com Zelensky e seus aliados europeus —, as posições de Moscou e Kiev continuam difíceis de conciliar.

Ambos os lados se responsabilizam pelo bloqueio da realização de uma cúpula entre Putin e Zelensky.