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Vidente afirma que vice-prefeita tentou esconder origem do dinheiro

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Samantha, uma mentora e vidente, realizou um ritual chamado “amarração amorosa” para Juliana Maria Teixeira da Costa, a vice-prefeita de Ribeira, uma cidade no interior de São Paulo. Ela alega que foi paga para não revelar ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) a procedência do dinheiro envolvido no pagamento pelo serviço.

A mãe de santo afirmou ter investido R$ 380 mil para efetuar o “casamento espiritual” entre Juliana e Lauro Olegário da Silva Filho, servidor público da Saúde, que já é casado. Entretanto, o pagamento total ainda não foi concluído, o que motivou revolta na líder religiosa.

Em vídeos publicados em redes sociais, Samantha revelou que três advogados representando Juliana tentaram negociar para que a situação não fosse exposta.

“Eu não percebi que os 40 mil reais que recebi não faziam parte da dívida que Juliana tinha comigo, mas sim um valor para que eu não divulgasse as duas empresas mencionadas, a prefeitura, e as pessoas envolvidas,” explicou a vidente.

Nesses vídeos, ela reproduziu áudios de um advogado de Juliana indicando que cada parte enviaria quantias até alcançar R$ 350 mil, incluindo um pagamento de R$ 50 mil para que Samantha não mostrasse provas da origem dos recursos ao promotor de Apiaí. A vidente afirmou desconhecer a procedência do dinheiro, mas queria receber o que lhe era devido.

Denúncias e ações judiciais

O Ministério Público acusa a vice-prefeita de utilizar verba pública para custear a amarração amorosa. A empresa W. F. Da Silva Treinamentos Ltda. teria sido usada para intermediar os pagamentos.

Juliana, Lauro e William Felipe Da Silva – dono da empresa – são denunciados por improbidade administrativa. Em decisão recente, a Justiça afastou Juliana e Lauro das suas funções públicas, suspendendo inclusive seus salários e o acesso às instalações da prefeitura.

Reclamação da mãe de santo

Samantha declarou ser uma pessoa lesada, afirmando que realizou o ritual usando materiais especiais, algumas vindas da África e abençoadas pela mãe Jurema de Salvador. Ela está com um débito de R$ 380 mil referente a esse trabalho espiritual.

O contato de Samantha com Juliana foi sendo ignorado desde o ano anterior, quando o serviço foi realizado. Contudo, três advogados da vice-prefeita procuraram tentar resolver a situação, efetuando transferências para evitar divulgação da origem do dinheiro.

A vidente recebeu parte do valor devido e aguarda receber o resto em uma data próxima.

Em sua busca por pagamento, Samantha chegou a tentar contato com o prefeito de Ribeira, Ari do Carmo Santos, que não se mostrou disposto a intervir.

Ela declarou estar determinada a receber a quantia devida e que não desistirá, afirmando que enfrentará qualquer consequência para conseguir isso.

Detalhes do caso

O ritual tinha como alvo Lauro Olegário da Silva Filho, servidor público da Saúde e casado. O MPSP aponta que ele foi beneficiado por Juliana desde que ela assumiu como secretária da Saúde, inclusive com vantagens irregulares.

Lauro foi funcionário da empresa W. F. Da Silva Treinamentos Ltda., que teria recebido cerca de R$ 41,2 mil da prefeitura para repassar esse valor a Samantha.

Um vereador local encontrou comprovantes no perfil de Instagram da vidente que mostravam pagamentos feitos diretamente e através da empresa.

Nas redes sociais, a vidente confirmou que o objetivo do ritual era afastar Lauro da esposa atual, conforme destaca a denúncia do Ministério Público.

O MPSP solicitou que Lauro seja julgado por improbidade administrativa, e ele foi afastado junto com Juliana.

Investigação da prefeitura

Além deste caso, a Prefeitura de Ribeira está sob investigação por outras irregularidades, incluindo a criação de empregos informais para aliados políticos, contratação de funcionários fantasmas e nomeações controversas em cargos públicos.

Posicionamentos e defesa

A Prefeitura de Ribeira não respondeu às solicitações da imprensa até o momento.

Juliana Maria Teixeira da Costa se manifestou nas redes sociais dizendo que é alvo de uma campanha que tenta denegrir sua imagem com acusações falsas e distorcidas. Ela afirma que as alegações da vidente são inverdades com intenção de extorsão financeira e que tomará todas as medidas judiciais necessárias.

O advogado da vice-prefeita nega as acusações e aguarda o processo legal para apresentar defesa, incluindo a contestação da decisão de afastamento.

O representante legal de William Felipe Da Silva destaca o compromisso do cliente em colaborar com as investigações e ressalta que as relações profissionais entre os envolvidos são normais e não indicam irregularidades.

O advogado também critica o uso político da justiça e a amplificação das acusações nas redes sociais, enfatizando o respeito à presunção de inocência e a importância de investigações justas e imparciais.

A defesa de Lauro Olegário da Silva Filho não foi localizada.

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