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Visa testa IA para facilitar compras online nos EUA e traz previsão para o Brasil em 2026

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A Visa iniciou um teste nos Estados Unidos com uma nova tecnologia de Inteligência Artificial (IA) para compras pela internet, com previsão de lançamento no Brasil no começo de 2026. Essa ferramenta de IA irá mais além de simples sugestões, podendo realizar ações diretamente para o usuário, como, por exemplo, concluir a reserva de uma viagem, conforme a autorização do consumidor.

Para Vanessa Antunes, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Visa no Brasil, essa inovação pode marcar uma “quarta revolução no comércio”. “Haverá uma transformação significativa no comportamento dos compradores, e no grau de conveniência, tecnologia e segurança que vamos oferecer”, disse durante um encontro com jornalistas em Brasília.

O projeto, chamado Visa Intelligent Commerce, é resultado de cooperação entre a Visa e grandes empresas do setor, como OpenAI, Microsoft, IBM, Anthropic e Mistral AI. Essa iniciativa faz parte do plano estratégico da Visa para 2030, que busca diversificar suas fontes de receita.

Vanessa Antunes ressaltou que a Visa já trabalha com IA há 30 anos e atualmente possui uma equipe global de mais de 2.500 engenheiros dedicados à inteligência artificial. A empresa investiu mais de 100 milhões de dólares em IA generativa.

A executiva também informou que a Visa recentemente abriu suas APIs e ferramentas de segurança para que desenvolvedores do mundo todo possam criar agentes de comércio eletrônico. Paralelamente, normas regulatórias estão sendo desenvolvidas para esse ambiente experimental, incluindo o lançamento recente de um protocolo de controle para essa finalidade.

Essa aposta em IA integra um conjunto de estratégias planejadas para serem implementadas até 2030, com o objetivo de aumentar a participação da Visa no volume global de pagamentos. Outro destaque é a tecnologia de tokenização.

“Temos quase 5 bilhões de cartões em circulação globalmente, que já geraram mais de 13 bilhões de tokens”, explicou a vice-presidente. “Esses tokens trouxeram mais de 40 bilhões de dólares em receita extra para empresas de comércio eletrônico e evitaram perdas de mais de 650 milhões de dólares em fraudes.”

Segundo Vanessa Antunes, os tokens promovem maior segurança nas compras online, melhoram a conversão de vendas para os lojistas e aumentam a confiança dos consumidores.

Além disso, a Visa planeja ampliar soluções B2B, como o sistema tap-to-phone, que transforma celulares em maquininhas de cartão. O Brasil é um dos maiores usuários dessa tecnologia, com mais de 7 milhões de equipamentos habilitados, junto com Reino Unido e Estados Unidos.

Outro pilar da estratégia são os serviços de consultoria e análise, que já correspondem a cerca de 25% da receita global da empresa. Isso inclui soluções em segurança e gerenciamento de riscos, que geraram um lucro global de cerca de 1,5 bilhão de dólares no último ano, além de produtos voltados ao setor público.

No Brasil, a Visa mantém parceria com o BRB, fornecendo a tecnologia para pagamentos por aproximação em estações de metrô e ônibus em Brasília, além de outras cidades nacionais e internacionais, como Rio de Janeiro e Londres. A empresa também fornece dados para a Embratur relacionados ao comportamento dos turistas estrangeiros no país.

Carlos Nunes, diretor da Visa Government Solutions no Brasil, afirmou que “os dados da Visa são bastante confiáveis, ajudando na criação de políticas públicas mais precisas, que não se limitam a algum caso específico. Podem ser úteis, por exemplo, para planejamento urbano, ajudando a definir onde investir em habitação, com base na localização dos gastos.”

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