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Vítimas de chacina durante festa de réveillon são veladas em Campinas
O sepultamento de todos, com intervalos de 15 minutos, está previsto para às 9 horas da manhã desta segunda-feira (02). Já o velório de Sidnei Ramis de Araújo, de 46 anos, ex-marido de Isamara e pai de João Victor, que se matou após cometer o crime, está sendo realizado em Jaguariúna, município vizinho a Campinas.
O crime ocorreu pouco antes da meia-noite de sábado, na residência da família, na Rua Pompílio Morandi, na Vila Prost de Souza. Araújo, que era técnico em laboratório do CNPEM, Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, que reúne alguns dos principais laboratórios de estudos e inovação do Governo federal, pulou o muro e passou a disparar tiros de pistola contra todos que se ali estavam à espera da virada do ano.
O último a ser morto foi o filho dele, que estava dormindo em outro cômodo. Em seguida, Sidnei se matou, atirando contra a própria cabeça. Além da criança, nove mulheres e dois homens foram mortos; outras três pessoas ficaram feridas e permanecem internadas.
Em poder do atirador, a polícia encontrou a pistola calibre 9 mm, com dois carregadores e numeração raspada, além de munições, um canivete e dez bombas caseiras, que foram recolhidas por uma equipe do GATE.
No carro dele foram recolhidos celular, com a senha anotada na frente, e um gravador de voz, contendo um áudio em que Araújo pede desculpas por algo que iria acontecer, sem esclarecer o que seria, além de proferir frases indignadas contra a ex-mulher.
Araújo também escreveu cartas, direcionadas ao filho e à atual namorada, mas enviadas a amigos, em que revelava planos de matar a família da ex-mulher.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou nota, informando que o caso segue em investigação no Terceiro Distrito Policial de Campinas.
De acordo com familiares, Araújo havia sido acusado por Isamara de abuso sexual contra o filho do casal, João Victor. Apesar de, no processo de regulamentação de visitas, que é de 2012, a Justiça ter considerado que as acusações não haviam ficado comprovadas, foram estabelecidas regras de convívio restritas entre pai e filho.
Desde então, o técnico só tinha autorização para visitar o filho em domingos alternados, na casa de Isamara e por apenas três horas,entre as 9 e o meio dia. O pai tentava, sem sucesso, reverter esse regime de visitação.
*Informações do repórter Paulo Edson Fiore- Jovem Pan
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