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Vizinhos entram em desespero com chegada do IML após morte de menina

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Gritos de desespero e choros marcaram o momento da remoção do corpo da Rafaela Marinho Souza, de 7 anos, pelo Instituto Médico Legal (IML), na tarde desta sexta-feira (21/11). A menina foi assassinada pela madrasta dentro da casa do pai. A mulher usou um cinto para enforcar Rafaela e se entregou à polícia em seguida. O trabalho da polícia provocou intensa comoção na rua onde ocorreu o crime, no Setor Oeste da Estrutural.

Enquanto a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizava a perícia e recolhimento do corpo da criança, a área permanecia isolada e, a todo momento, vizinhos acompanhavam, de longe, o trabalho.

A mãe da vítima, profundamente abalada, foi amparada por moradoras da vizinhança e familiares. A irmã da criança por parte de mãe, que preferiu não se identificar, mora em Valparaíso de Goiás, assim como a mãe, e gritava em desespero que a menina “não tinha nem como se defender”, além de questionar “como alguém tem coragem de fazer isso com uma criança”.

A irmã relatou que esteve com Rafaela até segunda-feira (17/11) e que a menina não queria ir à casa do pai, mas precisava por causa da rotina escolar.

Vizinhos próximos ao local do crime, na casa onde moravam o pai, madrasta e vítima, disseram que não ouviram nem viram movimentação suspeita no momento do homicídio, nem na rotina da assassina com a criança. Contaram que a relação aparente entre a madrasta e Rafaela parecia comum – a viam levar a menina para a escola, acompanhá-la em brincadeiras nas ruas, sem comportamentos que indicassem violência.

Durante a permanência das equipes da PCDF e do IML no local, a rua ficou completamente tomada por moradores, inclusive crianças. Muitos observavam em silêncio, conversavam e especulavam sobre o crime, enquanto outros se aproximavam dos familiares da vítima para oferecer apoio. A comoção permaneceu até a saída do veículo do IML, que marcou um dos momentos mais delicados da ocorrência.

Sobre o caso

Iraci Bezerra dos Santos Cruz, 43 anos, que assassinou cruelmente a própria enteada Rafaela Marinho Souza, de 7 anos, afirmou à polícia que a vontade de cometer o crime “veio do nada”.

Ao se apresentar espontaneamente na 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), Iraci confessou ter matado a enteada após a criança ter dito que “preferia morar com uma vizinha”.

Iraci e o pai da criança teriam consumido entorpecentes e bebidas alcoólicas, além de brigado por ciúmes no dia anterior ao assassinato.

Segundo o depoimento da assassina, ela teria colocado álcool em um pano e apertado contra o nariz de Rafaela para desmaiá-la, mas a menina não chegou a perder a consciência. Depois, Iraci contou que usou um cinto para enforcar a vítima e a pendurou em uma pilastra.

Apesar da frieza, Iraci afirmou estar arrependida pelo crime. Além dos relatos de vizinhos, a própria acusada disse que a relação com a enteada era muito boa e que nunca haviam brigado.

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