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Volume de armazenamento do Sistema Alto Tietê chega a 19,7%

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O volume armazenado no Sistema Alto Tietê teve nova alta nesta segunda-feira (9) e chegou a 19,7% – o maior índice do ano, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A pluviometria acumulada nos reservatórios está em 82,5 mm, 47,8% do esperado para todo o mês de março, que é de 172,4 mm.

O mês começou com volume armazenado em 18,6% e depois de cinco dias de pouca chuva, no sábado (7) a pluviometria voltou a aumentar. No sábado foram 14,7 mm, no domingo (8) 25,6 mm e nesta segunda ficou em 20,9 mm.

A pluviometria acumulada nos nove primeiros dias deste mês superou a do mesmo período do ano passado, que era de 71,9 mm. Na época o Estado já passava pela crise hídrica e o Sistema Alto Tietê já abastecia moradores antes atendidos pelo Cantareira. O volume armazenado estava em 38,3%.

Em reunião com prefeitos do Alto Tietê no dia 2 de março, o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, alertou que a perspectiva é de um trimestre seco. “O período de março, abril e maio será relativamente seco. Não há boas perspectivas climatológicas para esse trimestre. Essa generosidade de chuvas em fevereiro não deve se repetir.”

A crise hídrica afeta agricultores do Alto Tietê, que faz parte do cinturão verde do Estado. Muitos reduziram áreas de cultivo. As hortaliças ficaram mais caras. O secretário estadual de Agricultura, Arnaldo Jardim, afirmou no começo desta semana que o mês de março será decisivo para que o governo elabore medidas direcionadas à área da agricultura e que servirão para o restante do ano.  “Março decidirá. Aquilo que será a reservação do que se consegue fazer, particularmente na Cantareira e Alto Tietê. Março ditará o nosso planejamento para o ano todo”, diz.

Fevereiro terminou com pluviometria 58,33% maior do que a média esperada, que era de 192,0. Já em janeiro, o volume de chuvas ficou 58,72% abaixo da média histórica.

Além da chuva que se intensificou em fevereiro, o Sistema Alto Tietê começou a receber 1000 litros por segundo do Rio Guaratuba, na Serra do Mar, no final de janeiro. A Sabesp iniciou no dia 14 de fevereiro obras para que o sistema também receba 1000 litros por segundo do Rio Guaió, que passa por Suzano e terá a água levada para a Represa de Taiaçupeba.

Uma lista com bairros do Alto Tietê que têm sofrido os efeitos da redução da pressão da água foi divulgada pela Sabesp.

Sistema Alto Tietê
O Sistema AltoTietê abastece 4,5 milhões de habitantes da Grande São Paulo e parte da capital. Desde dezembro de 2013, fornece água também a moradores que antes eram atendidos pelo Cantareira.

Em dezembro de 2013, a água produzida na região passou a atender parte da população que antes era abastecida pelo Sistema Cantareira, mas a medida foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin apenas em março de 2014.

Implantado no início da década de 1970, o sistema é formado por cinco reservatórios: Ponte Nova (Rio Tietê), no limite dos municípios de Salesópolis e Biritiba Mirim; Paraitinga (Rio Paraitinga), em Salesópolis; Biritiba (Rio Biritiba), no limite dos municípios de Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes; Jundiaí (Rio Jundiaí), em Mogi das Cruzes; e barragem de Taiaçupeba (Rio Taiaçupeba), no limite de Mogi e Suzano. A água do sistema é tratada na Estação de Taiaçupeba, em Suzano.

Fonte: G1

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