Wall Street sobe com expectativas de corte nas taxas do Fed

A Bolsa de Nova York registrou alta nesta quarta-feira (1º), impulsionada pelas expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa cortar as taxas de juros, além do otimismo dos investidores com a autonomia da instituição.

Dois índices bateram recordes no fechamento: o Dow Jones subiu 0,09%, alcançando 46.441,10 pontos, e o S&P 500 avançou 0,34%, para 6.711,20 pontos. O Nasdaq cresceu 0,42%, permanecendo próximo de sua máxima histórica.

No início do dia, José Torres, da Interactive Brokers, comentou que alguns investidores estavam preocupados com possíveis impasses prolongados que poderiam afetar o consumo e o mercado de trabalho. Contudo, a animação cresceu com a possibilidade de o Fed reduzir as taxas de juros, segundo Tim Urbanowicz, da Innovator Capital Management.

A pesquisa mensal ADP/Stanford Lab mostrou que o setor privado dos EUA perdeu 32 mil vagas em setembro, contrariando a expectativa de crescimento do emprego, o que sinaliza um enfraquecimento do mercado de trabalho, conforme declarou Kathleen Brooks, diretora de pesquisa da XTB.

Urbanowicz destacou que o momento atual é de equilíbrio, em que os dados não são fortes o suficiente para animação, nem fracos a ponto de gerar preocupação com recessão.

Os investidores também receberam positivamente a decisão da Suprema Corte que permite que a governadora do Fed, Lisa Cook, indicada para ser removida pelo ex-presidente Trump, permaneça em seu cargo por enquanto.

No mercado de títulos, o rendimento dos títulos do Tesouro americano a 10 anos caiu para 4,10%, em relação aos 4,15% do fechamento anterior.

No setor de ações, empresas farmacêuticas tiveram valorização após a Casa Branca e o laboratório Pfizer firmarem um acordo para reduzir os preços de certos medicamentos nos Estados Unidos em troca da isenção de tarifas. Entre as maiores altas estão: Pfizer subiu 6,79%, Merck 7,39%, Eli Lilly 8,18% e AbbVie 5,55%.