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Wilker Leão proibido de estudar na UnB por 5 anos

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O youtuber Wilker Leão foi expulso da Universidade de Brasília (UnB) na última sexta-feira (6/9) por violar regulamentos internos conforme a Instrução Normativa nº 01/2023, referente às Comissões de Processos Disciplinares. Ele ficará impedido de se matricular na instituição por cinco anos.

A assessoria de comunicação da UnB explicou que, com base no artigo 12 da Resolução nº 28/2025 do Conselho de Administração, a exclusão disciplinar impede nova matrícula por um período mínimo de cinco anos. Além disso, em casos de condenação penal acima de cinco anos relacionada a violações de direitos humanos, discriminação ou assédio, o impedimento é estendido.

Agressões e desrespeito

Wilker Leão realizou gravações não autorizadas de professores, humilhou colegas com base em gênero e organizou manifestações políticas, fatos esses que levaram à sua expulsão. O estudante ganhou notoriedade ao se referir ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “tchutchuca do Centrão” em 2022, ocasião em que o então presidente tentou tomar seu celular com o auxílio de seguranças.

A decisão da reitora Rozana Reigota Naves proibiu Wilker de frequentar espaços da UnB e o afastou das disciplinas em que estava inscrito. Essa medida decorre de uma série de incidentes que infringiram normas internas e prejudicaram o ambiente acadêmico.

Conflitos anteriores

Os problemas começaram em agosto de 2024, quando diversas denúncias foram acumuladas. Uma docente chegou a registrar boletim de ocorrência contra Wilker Leão por gravar suas aulas sem permissão e divulgar conteúdo descontextualizado nas redes sociais, causando danos à honra da professora.

Em dezembro do ano anterior, o estudante foi suspenso por 60 dias das disciplinas História do Brasil 1 e História da África. Na época, alegou perseguição e questionou a ausência de direito ao contraditório.

No início deste ano, Wilker se inscreveu na disciplina Pensamento LGBT Brasileiro e declarou a intenção de zombar de matérias consideradas “esquerdistas”. O professor da disciplina, sociólogo Lucas Brito, afirmou que o comportamento do aluno visava a produção de conteúdo para monetização, não o aprendizado:

“Ele declarou em vídeo que escolheu História para revelar o que ocorre nas salas de aula. Ou seja, seu objetivo não era estudar, mas criar material que desqualificasse a universidade.”

Além disso, tentou, junto a um grupo de direita, promover uma manifestação contra o que classificava como “doutrinação comunista” na UnB. Esse ato foi impedido por estudantes ligados à esquerda que formaram uma barreira humana em frente ao local para bloquear o protesto.

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