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wolney: ressarcimento rápido aos aposentados pode recuperar a popularidade do governo

Com dois meses no comando do Ministério da Previdência Social, o pernambucano Wolney Queiroz acredita que o governo do presidente Lula tem uma boa perspectiva para enfrentar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a fraude no INSS. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado pelo jornalista Magno Martins, o ministro destacou que foi o atual governo que trouxe à tona essa questão e garantiu que os aposentados terão os valores descontados indevidamente ressarcidos com agilidade.
Wolney também afirmou que o seu partido, o PDT, apoiará a reeleição de Lula e considerou a investigação do Congresso como algo que pode ser até contraproducente. Ele acredita que quando o ressarcimento for efetuado, isso representará um ponto de virada na popularidade do governo.
Balanco dos primeiros meses
Segundo o ministro, o governo federal tomou a iniciativa corajosa de desmantelar a quadrilha responsável pelas fraudes, contando com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF), que conduziram uma investigação aprofundada desde 2017, tornando o caso público em abril de 2025. Os descontos foram suspensos e em maio já foram devolvidos R$ 292 milhões aos aposentados na folha de pagamento correspondente ao mês de abril.
Sobre os pagamentos
Wolney explicou que o presidente Lula determinou o pagamento, porém, é necessário respaldo jurídico para realizá-lo. Diversos órgãos estão envolvidos na elaboração da minuta de um acordo para garantir a segurança do processo. Após esta etapa, o presidente anunciará a data para início dos pagamentos, que deve ocorrer com rapidez.
Origem dos recursos
O ressarcimento inicial sairá dos cofres públicos por meio de uma medida provisória solicitando um crédito suplementar extraordinário. Há R$ 2,9 bilhões bloqueados provenientes das associações investigadas, entretanto, esse processo é demorado, e os aposentados não devem esperar. Assim, o governo vai adiantar o pagamento a quem mais necessita e posteriormente buscará reaver esses recursos.
Investigações e consequências para associações
São 41 associações sob análise, algumas constituídas para fraudes e outras que prestam serviços legítimos. Uma auditoria está em andamento para separar as associações fraudulentas das legítimas. Os aposentados que autorizaram os descontos, cerca de 3,7 milhões, já procuraram o ministério buscando ressarcimento.
As associações confirmadas como fraudulentas serão banidas permanentemente e impedidas de firmar convênios futuros com o setor público. O ministério irá também buscar recuperar valores por meio de ações judiciais contra os responsáveis.
Impacto político e controle futuro
Wolney acredita que o pagamento dos valores aos aposentados pode melhorar o cenário político e recuperar a confiança da população, destacando que o governo atual foi o responsável por interromper as fraudes e irá ressarcir os prejudicados.
Para evitar novas ocorrências, foi implementado um plano de integridade no ministério e está em curso uma auditoria para aprimorar os mecanismos de controle. Novos critérios para autorização e revalidação dos descontos serão avaliados para garantir maior segurança aos aposentados.
Sobre a CPMI
O ministro demonstrou ceticismo em relação à CPMI, temendo que se torne um palco político e atrase o ressarcimento aos aposentados. No entanto, garantiu que disponibilizará todas as informações necessárias para o Congresso.
Ele também ressaltou que as investigações principais são conduzidas por órgãos especializados como a Polícia Federal e CGU, e que o Congresso complementará esse trabalho, mas não investigará de forma independente.
Contexto político e posicionamento do PDT
Sobre críticas à atuação do ex-ministro Carlos Lupi (PDT), Wolney afirmou que não houve denúncias formais na época e afirmou confiar nas declarações do ex-titular.
O ministro esclareceu que, apesar de divergências pontuais, o PDT apoia a reeleição de Lula e seguirá alinhado com o governo, mantendo o campo progressista e a cooperação nas bancadas do Congresso.

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