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Xi fala sobre Taiwan em ligação com Trump

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O presidente chinês, Xi Jinping, discutiu a questão de Taiwan em uma conversa telefônica na segunda-feira (24) com seu colega americano, Donald Trump. Durante a chamada, também destacou a importância de manter a delicada trégua comercial entre as duas maiores potências mundiais.

A China considera Taiwan parte de seu território e não descarta o uso da força para retomar a ilha, que enfrenta intensa pressão militar, econômica e diplomática.

O Ministério das Relações Exteriores da China informou que a conversa também abordou outros assuntos, como a situação na Ucrânia, mas o tema de Taiwan teve destaque devido a uma recente disputa diplomática envolvendo o Japão, um aliado importante dos Estados Unidos.

Xi afirmou a Trump que reintegrar Taiwan à China é “uma parte fundamental da ordem internacional do pós-guerra”, criada após a colaboração dos Estados Unidos e China na luta contra o fascismo e o militarismo, conforme comunicado oficial.

O primeiro-ministro de Taiwan, Cho Jung-tai, respondeu às declarações de Xi afirmando que a ilha é um Estado totalmente soberano e que não existe possibilidade de devolução.

A recente tensão entre Tóquio e Pequim começou após a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sugerir que o Japão poderia intervir militarmente caso Taiwan seja atacada.

Enquanto os Estados Unidos não reconhecem formalmente a soberania de Taiwan, mantêm a ilha como aliada estratégica e provedoras do principal arsenal militar.

Depois da ligação, Trump destacou em suas redes sociais as “relações extremamente fortes” entre os EUA e a China, sem mencionar Taiwan diretamente.

De acordo com o ministério chinês, Trump reconheceu a importância da questão de Taiwan para a China.

Trump também confirmou que visitará a China em abril e que Xi fará uma visita aos Estados Unidos ainda em 2026.

A primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi comentou que conversou com Trump sobre a ligação entre os líderes americano e chinês e sobre o fortalecimento das relações entre Washington e Tóquio, destacando a cooperação frente aos desafios na região do Indo-Pacífico.

Manter o progresso

A chamada entre Xi e Trump aconteceu após uma reunião na Coreia do Sul em outubro, na qual concordaram em tentar diminuir a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Essa disputa comercial, envolvendo desde terras raras até soja e tarifas portuárias, causou instabilidade nos mercados e prejudicou cadeias de suprimento.

Como parte do acordo temporário, a China concordou em suspender por um ano algumas restrições às exportações dos minerais essenciais para indústrias tecnológicas e de defesa.

Os Estados Unidos, por sua vez, anunciaram a redução de tarifas sobre produtos chineses e a China comprometeu-se a comprar pelo menos 12 milhões de toneladas de soja americana ainda este ano, e 25 milhões em 2026.

Xi ressaltou a necessidade de manter o progresso alcançado na última reunião, conforme o ministério chinês.

Trump demonstrou otimismo dizendo que houve avanços significativos para manter os acordos atualizados e que agora podem focar em metas maiores.

Discussão sobre Ucrânia

Os dois líderes também conversaram sobre a guerra na Ucrânia, que é uma prioridade para Trump, que busca um acordo para encerrar o conflito, embora críticos afirmem que o acordo favorece muito a Rússia.

A China mantém uma posição neutra e, durante a chamada, Xi reiterou seu apoio ao fim da guerra, que já dura quase quatro anos.

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