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Youtuber expulso da UnB após atos contra colegas e professores

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Gravar professores sem permissão, humilhar colegas por questões de gênero e promover manifestações políticas foram algumas das atitudes atribuídas ao Wilker Leão, que resultaram em sua expulsão da Universidade de Brasília (UnB) nesta sexta-feira (5/9). O estudante ganhou notoriedade em 2022 por chamar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “tchutchuca do Centrão”. Na ocasião, o então chefe do Executivo tentou tomar seu celular, solicitando que seguranças apreendessem o dispositivo.

A decisão de expulsar Wilker Leão da UnB, anunciada pela reitora Rozana Reigota Naves, impede o estudante de História de frequentar as instalações da universidade e o afasta de todas as matérias em que estava inscrito. Conforme informou a instituição, a medida foi adotada após uma série de incidentes que infringiram normas internas e prejudicaram o ambiente acadêmico.

Conflitos anteriores

Os problemas envolvendo Wilker na UnB tiveram início em agosto de 2024. Acúmulo de denúncias levou uma professora a registrar um boletim de ocorrência contra o youtuber. Ela alegou que Wilker filmava suas aulas sem autorização e postava vídeos fora de contexto nas redes sociais, resultando em ataques à sua reputação e causando danos acadêmicos e sociais.

Em dezembro do ano passado, a reitoria suspendeu o estudante por 60 dias nas disciplinas História do Brasil 1 e História da África. Na ocasião, ele afirmou estar sendo vítima de perseguição e criticou a falta de direito ao contraditório.

No início deste ano, o influenciador se matriculou na disciplina Pensamento LGBT Brasileiro e declarou abertamente sua intenção de zombar dos conteúdos que considerava “esquerdistas”. O professor da matéria, o sociólogo Lucas Brito, declarou que a atitude do aluno não tinha caráter acadêmico, mas sim a produção de material para monetização:

“Ele mesmo diz em vídeo que entrou em História para mostrar o que acontece nas salas de aula. Ou seja, seu objetivo não era aprender, mas criar conteúdo que desqualificasse a universidade”, explicou o docente.

Além disso, Wilker se envolveu em controvérsias ao tentar promover, junto a um grupo de direita, uma manifestação contra o que chamava de “doutrinação comunista” na UnB. No entanto, estudantes ligados à esquerda formaram um bloqueio na entrada da universidade para impedir o protesto.

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