Zambelli poderá ser presa em Brasília se extraditada da Itália

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), respondeu nesta sexta-feira (12) às questões levantadas pela Justiça da Itália no processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Na semana anterior, a Justiça italiana suspendeu o julgamento da extradição solicitada pelo governo brasileiro para aguardar a resposta do STF. O julgamento será retomado no dia 18 deste mês.

As respostas foram preparadas após o ministro receber informações da Vara de Execuções Penais (VEP) e, posteriormente, enviadas ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que oficializará a resposta à Justiça italiana.

A VEP comunicou que Carla Zambelli poderá cumprir a prisão na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia.

Foi informado que a penitenciária nunca enfrentou rebeliões e que as detentas têm acesso a atendimento médico e cursos técnicos.

Segundo a VEP, a Colmeia segue rigorosamente as normas de salubridade, segurança e assistência às presas, conforme exige a Lei de Execuções Penais.

Fuga

Em julho deste ano, Zambelli foi detida em Roma, Itália, enquanto tentava evitar o cumprimento de um mandado de prisão emitido por Alexandre de Moraes.

Possuidora de dupla cidadania, Zambelli deixou o Brasil buscando asilo político na Itália após ter sido condenada pelo STF a dez anos de prisão pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023.

As investigações indicam que Zambelli foi a mente por trás da invasão, que visava a criação de um falso mandado de prisão contra Alexandre de Moraes. O hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que confirmou ter agido sob ordens da parlamentar.

Após sua fuga para a Itália, o governo brasileiro pediu sua extradição. O pedido foi formalizado pelo STF em 11 de junho e encaminhado pelo Itamaraty ao governo italiano.

A decisão final quanto à extradição será tomada em audiência pela Justiça italiana na próxima quinta-feira, dia 18.