Zelensky alerta para possível novo período de conflito com Rússia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (17) que a Rússia está se preparando para um possível novo período de conflito na Ucrânia em 2026. Isso veio após declarações do presidente russo, Vladimir Putin, que garantiu que Moscou alcançará seus objetivos no país vizinho sem dúvida alguma.

Zelensky destacou em seu discurso diário a importância de que os parceiros internacionais, especialmente os Estados Unidos, estejam atentos e respondam às ações russas, que contradizem as afirmações de que a Rússia busca encerrar a guerra.

O líder ucraniano também criticou as autoridades russas por tentarem obstruir os esforços diplomáticos, utilizando diversas estratégias nas negociações para mascarar suas intenções de destruir a Ucrânia, legitimar o controle ilegal sobre territórios ucranianos e prejudicar o povo do país.

Putin, por sua vez, reafirmou que os objetivos da operação militar especial na Ucrânia serão alcançados, principalmente os relacionados a questões territoriais. Ele afirmou que prefere resolver o conflito por meio da diplomacia, mas se isso não for possível devido à falta de diálogo produtivo por parte do país adversário e seus aliados, a Rússia continuará o caminho militar.

Apesar disso, o presidente russo garantiu que Moscou mantém a disposição para continuar negociando e resolver as diferenças de forma pacífica.

Nos últimos dias, Zelensky se encontrou em Berlim com representantes dos Estados Unidos, incluindo Steve Witkoff e Jared Kushner, na tentativa de avançar em um acordo para cessar os combates. A Ucrânia elogiou os progressos realizados em relação às garantias de segurança que busca, enquanto o ex-presidente americano Donald Trump manifestou otimismo após suas conversas com líderes ucranianos e europeus.

Enquanto isso, o Kremlin aguarda informações de Washington sobre os resultados dessas negociações. A proposta inicial dos EUA previa que a Ucrânia renunciasse ao controle da região leste de Donetsk e que os Estados Unidos reconhecessem de fato as regiões de Donetsk, Crimeia e Lugansk como parte da Rússia, embora o conteúdo atual da proposta revisada ainda não tenha sido divulgado.