Zelensky escolhe Yulia Svyrydenko como nova primeira-ministra da Ucrânia

O presidente Volodymyr Zelensky da Ucrânia, logo após assegurar um acordo para receber mais armamentos dos Estados Unidos, nomeou uma nova primeira-ministra. A escolhida foi Yulia Svyrydenko, que foi a principal negociadora do pacto de exploração mineral do país com os americanos.

Ao indicar Yulia Svyrydenko, antiga ministra da economia, para liderar o governo ucraniano desde o início da invasão russa em 2022, Zelensky promoveu uma política fiel ao país, com ampla experiência diplomática com os Estados Unidos e outros países ocidentais.

Aos 39 anos, Svyrydenko representou a Ucrânia em várias negociações importantes com aliados ocidentais, abrangendo temas relacionados à defesa, recuperação econômica e reconstrução. Em 2022, ela foi fundamental nas negociações para implementar sanções contra a Rússia.

O primeiro-ministro anterior, Denys Shmyhal, assumirá o cargo de ministro da Defesa, num momento em que o país busca fortalecer a produção local de armas, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, tenta pôr fim ao conflito. Shmyhal foi o primeiro-ministro mais longevo da história da Ucrânia, em exercício desde março de 2020, e renunciou oficialmente ao cargo na última terça-feira.

Svyrydenko destacou após a aprovação parlamentar da sua nomeação: “A guerra não permite demora. Precisamos agir com rapidez e decisão. As prioridades para os próximos seis meses são claras: garantir suprimentos confiáveis para o exército, ampliar a fabricação nacional de armas e reforçar a tecnologia das nossas forças de defesa.”

Tanto Svyrydenko quanto Shmyhal fazem parte de um grupo maior de líderes que estão assumindo novas funções para ajudar Zelensky a revigorar um país exausto pela guerra. O presidente também nomeou Olga Stefanishyna como próxima embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos.

Para o povo ucraniano, as mudanças no gabinete representam a continuidade da estratégia de Zelensky, que permanece confiando principalmente em suas lideranças experientes, ao invés de buscar novas figuras para a equipe governamental.