Zelensky propõe novo encontro com Putin enquanto ataques continuam na Ucrânia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reiterou nesta terça-feira (21) seu convite para se reunir com o presidente russo Vladimir Putin, com o objetivo de negociar o término do conflito na Ucrânia. Entretanto, as chances de avanços são pequenas enquanto as equipes se preparam para uma nova rodada de diálogos. Paralelamente, forças russas efetuaram bombardeios contra quatro cidades ucranianas durante a noite, resultando na morte de uma criança, conforme informado pelas autoridades.

Até o momento, Putin tem recusado os convites do presidente ucraniano para encontros bilaterais que possam pôr fim à guerra. Zelensky destaca que as delegações de nível inferior, que participarão das negociações em Istambul na próxima quarta-feira (22), não possuem a autoridade política necessária para encerrar os combates.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que “há muito trabalho a ser feito antes que se possa falar detalhadamente sobre encontros de alto escalão”, descartando assim perspectivas próximas de uma cúpula entre os líderes. Ele não especificou datas para as negociações em Istambul. Autoridades da Ucrânia e países ocidentais acusam o Kremlin de atrasar as conversações para que suas forças possam controlar mais territórios ucranianos; atualmente, a Rússia domina cerca de 20% da Ucrânia.

O anúncio de Zelensky na noite de segunda-feira (20) confirmando as negociações despertou pouco otimismo. Isso acontece apesar dos esforços do governo do presidente Donald Trump para impulsionar o processo de paz, que tem evoluído lentamente devido à resistência de Putin em ceder às suas exigências. Segundo Peskov, “não há motivos para esperar avanços significativos, a situação atual dificulta qualquer progresso.”

As duas rodadas anteriores ocorreram em Istambul, e veículos de imprensa russos indicam que a cidade turca abrigará novamente o encontro desta vez. As negociações em maio e junho permitiram trocas de prisioneiros de guerra e repatriamento de corpos de soldados mortos, mas não resultaram em acordos adicionais.