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Zelensky quer encontro com Putin para avançar nas negociações

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo que uma reunião direta com o líder russo, Vladimir Putin, seria a maneira mais eficiente de progredir, diante da paralisação dos esforços diplomáticos para acabar com o conflito.

Durante as comemorações do 34º aniversário da independência da Ucrânia, dia marcado também por ataques com drones ucranianos contra a Rússia, Zelensky reiterou que o diálogo entre os líderes é o caminho mais eficaz para avançar e renovou seu pedido para um encontro com Putin.

Pouco antes, o chanceler russo, Sergei Lavrov, criticou Zelensky por insistir, impor condições e exigir uma reunião imediata com Putin. Ele também acusou as potências ocidentais de criarem obstáculos para as negociações iniciadas pelos presidentes da Rússia e dos Estados Unidos.

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, negou que a Rússia esteja bloqueando um acordo de paz, destacando que o país fez concessões significativas ao presidente americano, Donald Trump, em suas demandas para encerrar a guerra.

As celebrações em Kiev contaram com a presença do enviado americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, e do primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney. Zelensky destacou o empenho conjunto para pressionar a Rússia em favor da paz.

O conflito, que já dura mais de três anos e meio e resultou em dezenas de milhares de mortes, encontra-se estagnado, apesar dos recentes avanços russos na região leste do país.

Recuperação de territórios

O comandante-chefe do Exército ucraniano, Oleksandr Sirski, informou que as tropas retomaram o controle de três vilarejos em Donetsk, região ocupada por forças russas. A Ucrânia também realizou novos ataques com drones contra alvos russos.

Autoridades russas afirmaram ter derrubado drones ucranianos longe da linha de frente, inclusive perto de São Petersburgo. Os serviços de segurança ucranianos e unidades especiais assumiram a autoria dos ataques contra uma importante instalação de gás liquefeito da Rússia.

Com um exército menor e com menos armamentos, a Ucrânia depende fortemente do uso de drones para responder à invasão, focando principalmente na infraestrutura de petróleo, fonte crucial de receita para a Rússia financiar o conflito.

Kiev relatou que nas últimas horas a Rússia lançou um míssil balístico e 72 drones Shahed, produzidos no Irã, dos quais 48 foram derrubados pela força aérea ucraniana. Um desses ataques resultou na morte de uma mulher de 47 anos na região de Dnipropetrovsk, conforme informado pelo governador local.

Para reforçar a defesa aérea, a Noruega anunciou um financiamento próximo a R$ 3,8 bilhões para fornecer dois sistemas antimísseis Patriot, de fabricação americana, em parceria com a Alemanha.

Sacrifícios na luta

Para Dobrii, médico ucraniano na linha de frente, o Dia da Independência teve um sabor de sangue e esforço. “Sou patriota, mas quando a data se transforma em um dia de combate, o sentimento é diferente”, relatou à AFP.

Rússia e Ucrânia realizaram uma troca de 146 prisioneiros de guerra, uma das poucas cooperações desde o início da ofensiva russa, que mantém controle sobre cerca de um quinto do território ucraniano, incluindo a região da Crimeia anexada em 2014.

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