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Zema apoia anistia a Eduardo, mas critica tarifaço por interesse pessoal

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou que é favorável à concessão de uma possível anistia a Eduardo Bolsonaro (PL-SP) caso ele seja condenado por ameaça à soberania nacional. Contudo, criticou a postura do deputado nos Estados Unidos em relação ao aumento das tarifas sobre produtos brasileiros, conhecido como tarifaço. Em entrevista ao Globo, Zema afirmou que acredita que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem boas intenções, mas ressaltou que interesses pessoais não devem prevalecer sobre os interesses do Brasil.
Para o governador mineiro, o caso de Eduardo está no mesmo contexto das pessoas investigadas por envolvimento em tentativas golpistas e dos detidos em 8 de janeiro. Zema destacou a importância de olhar para o futuro e superar sentimentos negativos relacionados ao passado.
Apesar de seu apoio à anistia, Zema manifestou discordância sobre a posição de Eduardo em favor do tarifaço aplicado sobre produtos brasileiros. Avaliou que a atuação do deputado nos Estados Unidos gerou complicações para a direita brasileira, tendo sido alvo de críticas do próprio parlamentar, que o classificou como parte da “elite financeira”.
O governador enfatizou que, mesmo que Eduardo tenha boas intenções, não se pode colocar interesses particulares acima dos nacionais. Ele também comentou que não se incomoda com críticas, as quais considera parte da vida, especialmente na política.
Além disso, anunciou a liberação de um pacote de medidas para compensar exportadores mineiros prejudicados pelas novas tarifas. Zema comemorou a retirada de alguns produtos da lista de itens taxados, mas manteve preocupação com a sobretaxa sobre o café.
Na mesma entrevista, o governador criticou a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atribuindo a ele a responsabilidade pelo tarifaço devido às articulações diplomáticas no âmbito do Brics. Zema alertou que o presidente tem feito críticas constantes aos Estados Unidos e se aliado a países hostis e autoritários, que não partilham valores democráticos nem culturais com o Brasil. Ele destacou que esse erro político acaba prejudicando os brasileiros.

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