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Zema critica situação das pessoas em situação de rua no Brasil

Após ser alvo de críticas por comparar pessoas em situação de rua a veículos estacionados ilegalmente, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a falar sobre o tema nesta segunda-feira. Em junho, ele sugeriu a criação de leis mais severas para proibir que essas pessoas durmam nas ruas, declarando que assim como um carro em local proibido é removido, do mesmo modo deve ser tratado esse problema.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Zema respondeu a um questionamento sobre sua declaração anterior, afirmando que o Brasil está criando verdadeiras áreas insalubres para moradores de rua.
“Pessoas não se removem com guinchos”, disse, ressaltando que o Governo Federal deve assumir a responsabilidade pelo enfrentamento desse problema social. Zema afirmou que pessoas em situação de rua não existiam em sua juventude e que agora, por omissão do setor público, grandes cidades brasileiras estão criando ambientes precários para essas pessoas, algo que ele considera urgente enfrentar com coragem.
O governador também comentou que grande parte dos moradores de rua enfrenta problemas como dependência química e perda da noção da realidade, dificultando o acesso a tratamentos adequados. Segundo ele, a sociedade muitas vezes prefere ignorar o problema ao invés de buscar soluções efetivas.
Zema criticou ativistas de direitos humanos que defendem os moradores de rua, afirmando que eles deveriam aceitar ter essas pessoas alojadas em suas próprias residências, destacando ainda o impacto negativo que tais moradores causam na vizinhança, tanto em residências quanto em comércios, inclusive pelo odor desagradável.
Na mesma entrevista, Zema falou sobre sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele procurou distanciar sua imagem do ex-presidente, afirmando que nunca recebeu seu apoio direto nas eleições e que suas semelhanças residem apenas em propostas liberais e de valorização da família e dos princípios cristãos.
O governador reforçou que enquanto Bolsonaro e ele seguiram caminhos políticos distintos, compartilham o compromisso com a redução da corrupção e o desejo por um estado mais eficiente e leve.
Em entrevistas anteriores, Zema fez comparação entre moradores de rua e carros mal estacionados, argumentando que assim como veículos são removidos para garantir o respeito às regras e o bem-estar público, é necessário agir para retirar pessoas que ocupam espaços privados de forma prejudicial.
Ele ressaltou que não se pode permitir que comerciantes que pagam impostos e geram emprego tenham sua atividade impactada por pessoas em situação de rua que causam sujeira, ameaçam clientes e atrapalham o funcionamento dos estabelecimentos.
“Desejo resolver essa situação, porque ninguém deve ser obrigado a conviver com tais transtornos”, concluiu Zema.

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