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Zohran Mamdani, o favorito muçulmano à prefeitura de Nova York

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Zohran Mamdani, um legislador local de esquerda, chegou rapidamente à cena política de Nova York e está próximo de se tornar o primeiro prefeito muçulmano da maior cidade dos EUA.

A votação antecipada começou no sábado, 25, e a eleição está marcada para 4 de novembro.

Depois de surpreender ao derrotar o ex-governador de Nova York Andrew Cuomo nas primárias democratas em junho, Mamdani virou uma figura frequente na mídia local.

Com 34 anos, ele nasceu em Uganda em uma família indiana e vive nos EUA desde os sete anos, tornando-se cidadão americano em 2018.

É filho da cineasta Mira Nair, conhecida por filmes como “Um Casamento à Indiana” e “Salaam Bombay!”, e do professor e especialista africano Mahmood Mamdani. Por isso, alguns críticos o tratam como um “nepo baby”.

Mamdani estudou em escolas renomadas, como a Bronx High School of Science e o Bowdoin College, uma universidade com uma forte tradição progressista.

Com o pseudônimo “Young Cardamom”, ele explorou a carreira musical no rap em 2015, inspirado pelo grupo “Das Racist”. Seu envolvimento político começou ao apoiar uma campanha local sugerida por um rapper que admirava.

Posteriormente, tornou-se conselheiro para evitar execuções hipotecárias, ajudando proprietários de casas em dificuldades, e, em 2018, foi eleito como legislador no Queens, um bairro majoritariamente composto por imigrantes, representando-o na Assembleia Estadual de Nova York.

Uma imagem forte e progressista

Conhecido como socialista, foi reeleito três vezes e construiu uma imagem pública como um muçulmano progressista que participa ativamente tanto de marchas do Orgulho LGBTQ+ quanto de celebrações do Ramadã.

Sua campanha tem como foco tornar a cidade mais acessível aos moradores de menor renda, oferecendo propostas como controle de aluguéis, creches, ônibus gratuitos e apoio a comércios locais.

Mamdani é um defensor da causa palestina e suas críticas a Israel como “regime de apartheid” e à guerra em Gaza como “genocídio” geraram controvérsias, especialmente na comunidade judaica, embora ele tenha rejeitado o antissemitismo em debates recentes.

Para o então presidente dos EUA, Donald Trump, ele era um “pequeno comunista”. Assim como Trump, Mamdani é considerado um outsider no cenário político tradicional, conquistando eleitores descontentes e frustrados com a política convencional.

Segundo o professor Costas Panagopoulos, da Universidade Northeastern, Mamdani uniu aqueles que se sentem esquecidos pelos políticos tradicionais.

Fã de futebol e críquete, Mamdani é casado com a ilustradora americana Rama Duwaji. Ele usou estratégias criativas, como distribuição de panfletos e uma atuação dinâmica nas redes sociais para alcançar eleitores.

Lincoln Mitchell, da Universidade de Columbia, descreve sua campanha como uma combinação do estilo das eleições dos anos 1970 com inovações modernas de 2025.

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