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Em protesto,medicos do DF param atendimento
Medicos da rede privada de saúde do Distrito Federal suspenderam nesta quinta-feira (25) os atendimentos eletivos a pacientes de planos de saúde. A ação faz parte do movimento nacional Saúde sem Exploração, que protesta contra valores defasados pagos pelas operadoras de convênios médicos por consultas e procedimentos. Os médicos pleiteiam um reajuste de 100%, sem repasse aos usuários dos planos.
Nem as associações de médicos, nem a entidade que representa as empresas de planos de sáude fizeram estimativa de adesão dos profissionais ao protesto.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho, as operadoras remuneram mal e por isso os médicos não têm interesse em atender pelo plano de saúde. “Os médicos acabam se descredenciando e o consultório de quem atende plano fica lotado, com vaga só para daqui a três, quatro meses”, diz.A Fenasaúde, entidade que representa planos de saúde no país, afirma que os reajustes dos valores pagos por consultas médicas têm sido aplicados com base em índices acima da inflação e, muitas vezes, superiores ao teto fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).A entidade informou ainda que de julho de 2011 a junho de 2012 as operadoras filiadas concederam reajustes de quase 14% no valor das consultas, e que um reajuste maior acabaria recaindo necessariamente sobre o consumidor.Segundo o sindicato, os planos de saúde pagam R$ 50 por consulta aos médicos. Fialho diz que com impostos, aluguel e funcionários, esse valor chega a R$ 10 a consulta. “Com esses honorários baixos, é preciso fazer no mínimo 20 consultas por dia para conseguir manter o consultório e ter lucro.”
O movimento também protesta contra a interferência dos planos de saúde no atendimento a pacientes, como a não autorização da realização de exames e cirurgias.É o terceiro ano que o movimento paralisa o atendimento a usuários de plano de saúde. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina, Iran Cardoso, alguns planos reajustaram valores irrisórios nos últimos anos.
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