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Futuro do setor de turismo é tema de evento de inovação realizado no DF
A ABIPTI realizou a 9ª edição do Inovação em Debate com o tema “O Futuro do Turismo no Distrito Federal: tendências e oportunidades que poderão afetar a competitividade do setor”. O evento é uma parceria entre a Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI) e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). O evento, ocorrido no Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC), no espaço do SebraeLab, faz parte do Projeto Conectando DF, que tem como principal objetivo implantar soluções inovadoras para as empresas da Capital Federal.
A Diretora Executiva da ABIPTI, Flaudemira Paula fez a abertura do evento destacando a importância de se discutir o tema: “Essa é uma oportunidade de pensar sobre inovação.O setor de turismo sofre com a pandemia de covid 19, assim como o mundo inteiro. Mas com a retomada gradual das atividades e a flexibilização das medidas restritivas o setor vem tentando se recuperar. Em 2022, o Distrito Federal foi o 3° destino mais procurado por estrangeiros no país. ”
O presidente da ABIPTI, Paulo Foina, pontuou que Brasília tem muito mais a oferecer. O viajante tem que ser direcionado a conhecer as regiões administrativas que têm muitos roteiros, “Na Fercal, por exemplo, têm 8 cavernas e ninguém explora isso. Brazlândia, além das feiras, têm muitos eventos religiosos. Nós temos um dos maiores festivais de rock da cidade que se chama Samamba Rock e esse festival está sendo levado para Portugal, para concorrer com o Rock in Rio e ninguém sabe”.
O evento contou com a participação do presidente da Associação Brasileira Agência Viagem do Distrito Federal – ABAV-DF, Levi Jeronimo Barbosa, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – DF, Henrique Severien, a Analista do Sebrae DF, Nathália Hallack Fabrino e o presidente do Ruraltur DF, Fernando Mesquita.
Durante sua apresentação, Levi Jerônimo destacou os principais pontos que Brasília deve melhorar no turismo, “Algumas coisas que devemos melhorar muito aqui para poder trazer atrativos para o turista vir para nossa capital é deixar de ser o turismo exportativo. O brasiliense, em qualquer oportunidade, vai à praia. Então nós temos que trazer o turista para cá para fazer o turismo cívico, cultural”, explicou Levi. o presidente também levantou a questão do apoio do poder público que deve ser oferecido ao setor.
Henrique Severien destacou que o turismo não evoluiu nada de 15 anos para cá, por mais que tenham novas nomenclaturas para o setor de turismo, como turismo religioso, turismo arquitetônico, turismo jurídico, eles são apenas idealizações. “Nós ainda trabalhamos em função da agenda política da capital federal. A agenda política é quem realmente é capaz de trazer pessoas para o DF”, reforçou Severien.
Fernando Mesquita da Ruraltur contribuiu com o debate ressaltando que Brasília tem um grande potencial turístico, mas que ainda não foi explorado da forma correta. “50 milhões de reais são investidos no segmento em Gramado para o Natal Luz, e arrecada-se mais de 500 milhões. Ou seja, tem uma governança, que nada mais é que o setor privado e o público buscando soluções para se ter competitividade e atrair”, pontuou Mesquita.
E por fim, Nathália Hallack Fabrino lembrou como Brasília é ancorada no funcionalismo público, nos grandes salários e é isso que sustenta a economia da cidade há décadas, mas que isso vem mudando e a capital precisa se reinventar e procurar novas formas de fazer a economia acontecer. “Nós, enquanto perspectiva do turismo, somos precários. E disso, por uma perspectiva de destino, de estratégia de posicionamento, de estruturação de produto, devemos pensar na cidade em que a gente vive e na cidade que a gente está oferecendo para o turista”, salientou Nathália.
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