BDM: mercados ficam em alerta com política tarifária de Trump

Donald Trump agitou os mercados globais com uma série de ações e declarações sobre tarifas comerciais, provocando reações imediatas de parceiros comerciais dos Estados Unidos

Inicialmente, a Casa Branca confirmou a implementação de tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e México, além de uma tarifa adicional de 10% para a China.

A medida gerou retaliações rápidas desses países, com a China aumentando em 15% as tarifas sobre alimentos e produtos agrícolas americanos, além de impor restrições às exportações para empresas dos EUA.

O Canadá, por sua vez, anunciou uma tarifa de 25% sobre mercadorias americanas, totalizando 155 bilhões de dólares canadenses. O processo será realizado em duas etapas, com aplicação imediata sobre 30 bilhões de dólares canadenses em importações e o restante após 21 dias.

O México também prometeu retaliar, com a presidente Cláudia Sheinbaum indicando que anunciará medidas no domingo.

Mudança de tom

No entanto, o cenário mudou rapidamente quando o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, sugeriu que Trump poderia anunciar um alívio nas tarifas para o Canadá e o México.

Esta declaração, feita poucas horas após o anúncio inicial das tarifas, indicou uma possível busca por um meio-termo nas negociações comerciais.

Durante seu primeiro discurso no Congresso americano neste segundo mandato, Trump afirmou ter realizado mais em 43 dias do que seus antecessores em quatro anos.

Ele prometeu derrotar a inflação, equilibrar o orçamento e mencionou especificamente Brasil, China, México e Canadá, acusando-os de cobranças injustas de tarifas contra os Estados Unidos.

A rápida sucessão de eventos e a aparente mudança de postura de Trump em menos de 24 horas deixaram os mercados em estado de alerta.

Os investidores agora aguardam os próximos passos da administração americana, tentando antecipar os possíveis impactos dessas medidas na economia global e nas relações comerciais internacionais.