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EUA vai monitorar apoio à mudança de gênero em relatório de direitos humanos

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Em uma decisão significativa, os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira que começarão a monitorar países que apoiam mudanças de gênero para crianças e programas de diversidade e equidade em seu relatório global anual sobre direitos humanos.

O relatório do Departamento de Estado, que existe há quase 50 anos, visa oferecer um panorama detalhado sobre abusos de direitos humanos ao redor do mundo, gerando incomodo em alguns governos.

A administração do presidente Donald Trump alterou o enfoque sobre direitos humanos, utilizando o tema como ferramenta contra seus adversários e para promover suas prioridades nacionais, ao mesmo tempo que minimiza preocupações que interferem em outros interesses políticos.

De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, “nos últimos anos, ideologias nocivas vêm permitindo violações dos direitos humanos”.

Ele afirmou ainda que a administração Trump não vai tolerar violações como mutilação infantil, leis que cerceiam a liberdade de expressão e práticas laborais discriminatórias baseadas em raça.

Mais especificamente, o relatório demandará que embaixadas americanas relatem países que autorizam “mutilação química ou cirúrgica em crianças para alterar seu sexo”.

O chefe do Departamento de Estado, Marco Rubio, solicitou que as embaixadas observem a implementação de políticas de ação afirmativa em diversidade, equidade e inclusão que favoreçam trabalhadores com base em raça, gênero ou casta.

Essas diretrizes refletem prioridades da administração Trump desde o início do mandato, incluindo restrições a políticas de pessoas transgênero, como a remoção do marcador de gênero “X” em passaportes, uma medida que contrariou a política anterior do governo Joe Biden.

O relatório de direitos humanos do segundo mandato de Trump foi divulgado em agosto, porém, a maior parte das informações foi coletada antes deste período.

Nesse documento, os direitos LGBTQ+ tiveram menor destaque, e referências a países como Uganda, que aplicam pena de morte por homossexualidade, foram suprimidas.

Rubio também instruiu as embaixadas a monitorar violações da liberdade de expressão e revogou vistos de estrangeiros com declarações contrárias a ações militares israelenses em Gaza ou que zombavam do conservador Charlie Kirk após seu assassinato.

A Anistia Internacional criticou as mudanças, chamando-as de “alarmantes” e de uma tentativa explícita de institucionalizar uma filosofia que reconhece direitos apenas para algumas pessoas, dependendo de sua identidade ou localização.

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