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Tarcísio enfrenta rejeição feminina e aposta na primeira-dama
Em meio ao crescimento da violência contra as mulheres em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) percebe que conquistar o voto feminino é um dos maiores desafios para as eleições de 2026.
Pesquisas recentes mostram que Tarcísio tem dificuldade em ganhar apoio das eleitoras. Enquanto isso, a primeira-dama, Cristiane Freitas, tem se destacado no Palácio dos Bandeirantes como uma tática para se aproximar desse público.
Segundo o marqueteiro político Felipe Soutello, a avaliação do governo Tarcísio está dentro do que se espera de ex-governadores. O governador tem aprovação maior entre os homens do que entre as mulheres, algo incomum nos últimos 20 anos entre governadores paulistas.
Preferência do eleitorado feminino
Em novembro, uma pesquisa realizada pelo Instituto Atlas Intel apontou um empate técnico entre Lula (49%) e Tarcísio (47%) para um possível segundo turno. Porém, a vantagem de Lula é muito maior entre mulheres, que o apoiam em 58%, contra 25% de Tarcísio.
Outras pesquisas também mostram que Tarcísio tem menor apoio feminino em comparação ao total de votos, dificultando ainda mais sua candidatura.
Protagonismo da primeira-dama
Para reduzir essa rejeição, o governo aposta em dar mais visibilidade à primeira-dama, Cristiane Freitas, que preside o Fundo Social de São Paulo, órgão dedicado à assistência social.
Cristiane tem participado de eventos e ações promovidas pelo governo, buscando conquistar maior simpatia do público feminino. Além dela, o governo também inclui mulheres em cargos importantes, como a secretária Natália Resende na Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e Marília Marton na Secretaria da Cultura.
Desafios e posicionamento político
O vínculo de Tarcísio com o ex-presidente Bolsonaro representa um dilema, pois a aproximação com o bolsonarismo afasta parte do eleitorado feminino e outros grupos que não apoiam nem Lula nem Bolsonaro.
A cientista política Maria do Socorro Braga destaca que a dificuldade de candidatos ligados ao bolsonarismo em agradar mulheres está ligada às pautas tradicionais e conservadoras que limitam o papel feminino na sociedade.
Aumento da violência contra a mulher
O crescimento dos casos de feminicídio no Estado de São Paulo torna o desafio ainda maior para Tarcísio. Dados indicam que o número de feminicídios aumentou 16,9% desde o início do governo em 2023, o que reforça a importância dessa pauta na política estadual.
Orçamento reduzido para políticas femininas
Tarcísio criou a primeira secretaria voltada para políticas públicas para as mulheres no Estado, mas esse órgão possui o menor orçamento do governo, com uma dotação prevista de R$ 36,2 milhões em 2025 e R$ 16,5 milhões para 2026.
De acordo com o governo, a secretaria atua de forma integrada com outras áreas, identificando necessidades e coordenando programas intersetoriais, agindo mais como uma articuladora.


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