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Seis casas do DF são interditadas pela Defesa Civil após chuva
4.960 residências estão em locais considerados de alto risco, diz entidade. Casas em Sobradinho e Riacho Fundo foram interditadas neste sábado.
A Defesa Civil do Distrito Federal interditou seis casas em área de risco após a forte chuva do último sábado (28). As residências ficam em Sobradinho e Riacho Fundo I, em regiões de ocupação irregular. Segundo o órgão, o sistema de drenagem pluvial – que diminui o impacto dos temporais – só pode ser construído após a regularização dos locais.
O subsecretário de Proteção e Defesa Civil do DF, coronel Sérgio Bezerra, informou que outras 14 casas em Sobradinho, Riacho Fundo I e Vicente Pires foram afetadas. Os moradores de 12 imóveis foram notificados, mas os dos outros dois impediram a entrada dos servidores da Defesa Civil.
“As 14 casas afetadas sofreram fissuras, infiltrações ou quedas de muro. Em locais públicos, a Defesa Civil apenas foi notificada em Vicente Pires. As quadras 3,8 e 10 ficaram esburacadas após serem atingidas pelo forte temporal de sábado. O órgão já solicitou a Novacap para providenciar tratores e caminhões para consertarem a área”, comenta.
O empresário público Alessandro Rocha precisou parar próximo ao acesso a Sobradinho I por causa da cascata formada pelo viaduto. Imagens feitas por ele mostram que a rodovia ficou tomada pela água. Nas vias próximas, carros acabaram batendo por causa da pista molhada, e houve congestionamento.
“Só um caminhão se arriscou a ultrapassar o aguaceiro. Parei ali para ver se realmente dava para passar, mas não me arrisquei a passar não”, disse. “Aquela situação assustou mais pelas pedras que estavam desprendendo da rampa e caindo no meio da pista. Tanto que a maioria das pessoas não se arriscou a ultrapassar ali.”
Também foram identificados pontos de alagamento em Sobradinho, Recanto das Emas, Vicente Pires e na chácara Santa Luzia, na Estrutural. De acordo com o Instituto de Meteorologia, a chuva atingiu 95% da cidade – a exceção foi parte sudoeste, próxima ao PADF. Ainda segundo o instituto, os ventos chegaram a 36 km/h, causando o movimento de galhos e o levantamento de poeira.
Invasão
“As tragédias causadas pela chuva estão ligadas diretamente com a ocupação desordenada do solo. As regiões do Sol Nascente, Fercal, Vila Rabelo, Santa Maria e Arniqueiras são as mais atingidas. São locais que foram construídas sem orientação de um arquiteto ou de um especialista”, explica o coronel Sérgio Bezerra.
Segundo o subsecretário, os impactos causados pela chuva só poderão ser resolvidos com a construção de sistema de águas pluviais. Entretanto, o GDF só pode autorizar as obras em locais regularizados. De acordo com um mapeamento feito pela Defesa Civil, 4.960 residências estão em locais de alto risco.
“Enquanto não houver a construção de águas pluviais, novos desastres e acidentes continuaram ocorrendo. As pessoas devem ser menos egocêntricas. Toda casa deve ter um processo de regularização, um espaço adequado e ter segurança. A região da chácara Santa Luzia, na Estrutural, é a que apresenta maior número de pessoas vivendo em casas inadequadas. São 1,5 mil residências em condições precárias.”
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