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No carnaval da 23 de maio, problemas vão de xixi a consumo de drogas

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A reportagem também flagrou diversas pessoas vendendo e consumindo drogas

 

Apesar do sucesso de público, o carnaval na Avenida 23 de Maio registrou problemas. Uma das maiores queixas de foliões e moradores dos bairros próximos foi a quantidade de pessoas urinando, vomitando ou consumindo drogas nas ruas.

A lateral do Centro Cultural São Paulo, de frente para a 23, virou o ponto favorito para o xixi.Desde o dia 3, 396 pessoas foram autuadas fazendo xixi na rua. Segundo a Prefeitura, havia 580 banheiros públicos, mas os foliões reclamaram de filas.

A reportagem também flagrou diversas pessoas vendendo e consumindo drogas. E os problemas continuaram após a passagem dos blocos: foliões ficavam nas ruas fumando maconha ou consumindo bebidas. “Tinha gente desmaiada na porta de casa. Foi uma transferência de problema. Tirou da Vila Madalena e trouxe para cá”, disse o morador da Rua Maestro Cardim, Antonio Favano, de 55 anos. A Guarda Civil Metropolitana prendeu quatro acusados de vender drogas na 23 nesta terça-feira, 13.

Enfermeiras contaram que foliões tentaram forçar a entrada em hospitais da região para tentar usar os banheiros. No Hospital Santa Maggiore, no Paraíso, meninas passaram a gritar e xingar, depois que foram impedidas de entrar pelos seguranças. Famílias de pacientes reclamaram de barulho e houve atraso de ambulâncias

Houve ainda tentativas de roubo: a reportagem flagrou uma no bloco Os Invertidos, que desfilou nesta terça-feira na 23. O rapaz estava com uma faca e ameaçou uma foliona. Um dos seguranças chamou a polícia.

Perto de um posto policial na região da 23 de Maio, Bernardete Colares, de 50 anos, queria registrar boletim de ocorrência por roubo de celular. “Trouxe minha filha para brincar e olha o que aconteceu. Foi o celular que ela ganhou de Natal.”

A Secretaria da Segurança Pública informou que a tentativa de roubo com faca foi registrada como ameaça e furto e o suspeito, detido. Não foi localizado, diz a pasta, nenhum registro de tumulto em hospitais.

A Prefeitura informou que a “estrutura do evento foi debatida com associações de moradores e o Ministério Público”. Disse ainda que foram criadas rotas alternativas para ambulâncias, a 23 é monitorada e a operação ajustada sempre que necessário.

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