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Acidentes com escorpiões crescem 11,4% no DF; veja como se prevenir

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Até março, foram 244 ocorrências; Vigilância registrou 914 casos em 2015. Animal tem hábito noturno; em caso de picada, é preciso procurar hospital.

Um dos escorpiões que apareceram em apartamentos do bloco J da 416 Norte, em Brasília (Foto: Camila Viana/Arquivo pessoal)

Um dos escorpiões que apareceram em apartamentos do bloco J da 416 Norte, em Brasília (Foto: Camila Viana/Arquivo pessoal)

O número de acidentes domésticos envolvendo escorpiões no Distrito Federal cresceu 11,4% em 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado, apontam dados da Vigilância Ambiental. Entre janeiro e março, foram 244 ocorrências neste ano, contra 219 em 2015. Em todo o ano anterior, foram 914 casos.

A presença dos animais tem preocupado moradores de regiões como Guará e Taguatinga. “É tudo fechado direitinho, mas criança deixa [o ralo] aberto, alguém toma banho e deixa aberto, isso pode acontecer. Ele vem do esgoto, significa que deve estar infestado o esgoto, né?”, diz o militar da reserva Iran Luna dos Santos.

Em duas semanas, a família do militar encontrou quatro escorpiões pela casa – dois foram identificados por crianças. O banheiro é um dos lugares mais comuns para o aparecimento do bicho, que se alimenta de baratas e outros insetos que andam pelo esgoto.

0800-644-6774 é o telefone do Centro de Informações Toxicológicas

Prevenção e cuidados
O escorpião amarelo é a espécie mais comum encontrada em área urbana no DF e em todo o país. A depender da quantidade de veneno liberada e da idade da vítima, a picada pode ser fatal. O animal tem hábitos noturnos e costuma se esconder em áreas escuras.

A farmacêutica do Centro de Informações Toxicológicas do DF Sandra Márcia da Silva afirma que o escorpião ataca como um mecanismo de defesa. “O escorpião vai picar a partir do momento que você pressioná-lo. Você vai calçar um sapato e introduz o pé onde ele está, você vai pressioná-lo e a resposta dele é a picada”, explica.

Segundo especialistas, uma boa forma de manter a casa livre de escorpiões é manter os ralos dos banheiros fechados. Se não houver um mecanismo próprio, pedaços de borracha ou plástico podem ser usados para vedar o buraco.

Na maior parte dos casos, o acidente é leve e os sintomas são apenas locais, como inchaço na área e formigamento. Nestas ocorrências, o paciente fica em observação no hospital e não precisa tomar o soro escorpiônico. Em alguns casos, no entanto, o veneno pode causar danos ao pulmão e alterar a frequência cardíaca.

Sandra explica que, em caso de acidente, o paciente deve lavar bem o local da picada e, se possível, aplicar uma compressa de gelo para aliviar a dor. Em seguida, é preciso se dirigir a uma unidade de saúde do DF – a exceção é o Hospital de Base, que não tem atendimento de clínica médica.

O Centro de Informações Toxicológicas também oferece esclarecimentos por telefone. O número é 0800-644-6774.

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