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Agnelo diz que vai cortar ponto de metroviários em greve

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O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, disse nesta quarta-feira (16) que os metroviários em greve terão descontados os dias em que não trabalharem. “[O governo] cortará, sim. Quem não trabalhar vai ser cortado o ponto”, afirmou.

Nesta terça (15), o Tribunal Regional do Trabalho determinou que o efetivo de funcionários em operação no Metrô-DF seja de 50% durante o período de paralisação. A categoria está em greve desde o último dia 4, por melhorias nas condições de trabalho e reajuste salarial. A paralisação foi interrompida por quatro dias e retomada na última segunda-feira (14).

Segundo a diretora do Sindicato dos Metroviários do DF (SIndMetrô) Tânia Viana, em toda mobilização da categoria o governo diz que vai descontar os dias trabalhados. “Toda a greve que a gente faz tem essa ameaça. Esse tratamento com metroviários não é novidade”, diz.

Na greve que aconteceu em 2013, o governador também disse que os funcionários teriam descontados os dias não trabalhados, mas não houve corte no ponto, segundo o sindicato.

O Metrô e o GDF informaram que estava prevista uma reunião entre membros do departamento jurídico da empresa para avaliar como proceder em relação ao ponto dos funcionários em greve.

Após decisão do Tribunal Regional do Trabalho, o Metrô do Distrito Federal aumentou o efetivo. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 50 mil por dia.

Nesta manhã, os trens estavam trafegando em velocidade reduzida em alguns trechos e paravam entre algumas estações. Mesmo no horário de pico, a espera pelo transporte demorava até 30 minutos nesta quarta. Até esta terça, o sistema operava com 30% do efetivo.

A diretora do Sindicato dos Metroviários Tânia Viana afirmou que a determinação está sendo cumprida e o sistema opera com 12 trens nos horários de pico.

“Em um primeiro momento, nós vamos acatar a decisão. Depois nós vamos ver o que vamos fazer, pois até impedidos de entrar em qualquer lugar da empresa. Nenhum dirigente sindical pode entrar.”

Segundo Tânia, o advogado do sindicato recebeu a determinação às 23h, uma hora antes de entrar em vigor. “Como eles querem que a gente se organize em uma hora?”, diz a dirigente sindical.

Segundo o presidente do TRT-DF, André Damasceno, o percentual foi estabelecido devido à remota possibilidade de conciliação entre as partes antes do julgamento. “Evidentemente ainda não atende a necessidade da população. Mas ameniza os efeitos da greve até o julgamento.”

A decisão definitiva ainda não tem data marcada devido ao andamento do processo. De acordo com o tribunal, provas ainda estão sendo juntadas.

Na última sexta (11), após uma audiência que terminou sem acordo entre Metrô, empregados e o GDF, a diretora do sindicato Tânia Viana disse que a paralisação iria continuar por tempo indefinido. A greve foi retomada na segunda (14).

“As principais reivindicações em relação à segurança dos empregados e dos usuários ficaram fora da pauta. Temos colegas que estão trabalhando nove horas e meia, sem refeição e em seis dias por semana, fazendo movimento repetitivo”, disse.

O sindicato pedia redução de carga horário de 8 para 6 horas. O Metrô não aceitou.

Fonte: G1

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