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Algumas palavras sobre DEPRESSÃO (também ANSIEDADE, PÂNICO e distúrbios diversos similares)

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Algumas palavras sobre DEPRESSÃO (também ANSIEDADE, PÂNICO e distúrbios diversos similares)

Via Twitter (o meu é @qualidade_vida) sigo excelentes profissionais de todo o Brasil e um deles postou há alguns dias o link para a interessante matéria abaixo. Leiam e permitam-me depois falar um pouco sobre o assunto.

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Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/antidepressivos.htm?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Quais efeitos colaterais os antidepressivos causam a longo prazo?

por Joel Rennó Jr.

Resposta: Os antidepressivos são medicamentos ou drogas que agem no sistema nervoso, cuja função é normalizar o fluxo de neurotransmissores, que são moléculas responsáveis pelo impulso nervoso de um neurônio para o outro.

Os neurotransmissores saem de um neurônio, atravessam a sinapse (espaço entre dois neurônios) e ativam os receptores do neurônio seguinte. Os neurotransmissores mais importantes são: serotonina, noradrenalina, dopamina, acetilcolina e GABA.

Os mecanismos de ação são distintos de um antidepressivo para outro. Há várias e diferentes classes. Há os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (fluoxetina, sertralina, paroxetina, citalopram e o escitalopram). Há os antidepressivos que inibem a recaptura tanto de serotonina, quanto de noradrenalina, conhecidos como os de duplo mecanismo de ação (venlafaxina, milnaciprano e duloxetina). Há outros antidepressivos que também atuam sobre outros neurotransmissores.

Os efeitos colaterais variam de acordo com a classe ao qual o antidepressivo pertence e também de acordo com a tolerância de cada pessoa. Os antidepressivos mais antigos, conhecidos como tricíclicos (clomipramina, imipramina, amitriptilina) costumam dar mais efeitos colaterais que os mais recentes (inibidores da recaptação de serotonina e os de duplo mecanismo de ação).

Efeitos colaterais

Entre os efeitos colaterais (variável de pessoa para pessoa e de acordo com o tipo de antidepressivo utilizado) que podem ocorrer temos: alteração do sono e apetite, alterações gastrintestinais (diarréia ou obstipação intestinal), retenção urinária, alergias de pele, sudorese, diminuição da libido ou retardo da ejaculação, aumento ou diminuição de peso, náusea, tontura, tremores. Inclusive, alguns deles de forma paradoxal, podem aumentar até a ansiedade e agitação nos primeiros dias de tratamento e por tempo limitado.

Os efeitos colaterais iniciais podem ser contornados e atenuados nos primeiros dias ou semanas de tratamento, o médico deve sempre ser consultado e orientar o seu paciente a respeito. Deve-se evitar a parada da medicação por conta própria. Há pessoas mais sensíveis aos efeitos colaterais, enquanto alguns não os têm. É muito individual.

Em caso da ingestão acidental excessiva, ou mesmo com o intuito de suicídio, é fundamental levar imediatamente o paciente para uma avaliação clínica em um pronto-socorro. Geralmente, dependendo da avaliação clínica e do tempo decorrido da ingestão do medicamento, uma lavagem gástrica com carvão ativado é realizada.

Em casos de intoxicação com alterações cárdiorrespiratórias e do nível de consciência, pode até ser necessária a internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Geralmente, os antidepressivos atuais são mais seguros que os antigos (tricíclicos), mesmo em ingestões consideráveis.

Atenção!

Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico psiquiatra e não se caracterizam como sendo um atendimento. Dúvidas e perguntas sobre receitas e dosagens de medicamentos deverão ser feitas diretamente ao seu médico psiquiatra. Evite a automedicação.

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DEPRESSÃO, ansiedade, transtorno de “pânico” e distúrbios diversos têm grande similaridade: em sua maioria, ocorrem e mantêm-se por problemas envolvendo os neurotransmissores; entre estes, o distúrbio mais comum é a redução da quantidade deles disponível na fenda sináptica (espaço entre os neurônios através do qual eles se comunicam ) e o que mais “dá problemas” é a serotonina (que à noite, na redução da luz ambiente, é convertida em melatonina, o “hormônio do sono”; por isso problemas com a serotonina prejudicam a melatonina e assim, afetam o sono).

Por isso é consenso que, para tratar estes distúrbios, é necessário “normalizar” os neurotransmissores na fenda sináptica. A questão é que os medicamentos disponíveis comercialmente agem sobretudo inibindo a recaptação dos neurotransmissores quando, para muitas pessoas, esta NÃO é a causa-base do distúrbio: afinal, muitas pessoas não conseguem produzir os neurotransmissores em quantidade suficiente, o que torna necessário tratamento diferenciado para elas para que sejam obtidos bons resultados.

Quer saber mais sobre o assunto? Leia a resposta que forneci à pergunta que recebi há alguns meses através do meu site (ww.icaro.med.br), conforme abaixo.

E boa reflexão.

Ícaro Alves Alcântara

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Pergunta:

“Tenho 2 filhos, muito stress com trabalho e familiar, sem tempo para me cuidar. De uns tempos pra cá tenho me sentido abatida e morro de medo de depressão. Será que mesmo assim a ortomolecular pode me ajudar”?

Resposta.:  Vamos por partes…

1 – Arranjar um tempinho para se cuidar é fundamental. Afinal de contas, se você adoecer terá que parar “à força” e aí quem irá cuidar de tudo o que você tem dado conta? Por isso, primeiramente, recomendo ler e procurar ao máximo seguir o que está na apresentação Viver: O que é Necessário (http://www.icaro.med.br/videos/viver-o-que-e-necessario). Afinal, é a base para o bom funcionamento do organismo, corpo e mente, sem a qual mesmo os melhores medicamentos têm dificuldade de agir.

2 – Em consultório, trabalho basicamente com ortomolecular, homeopatia e orientações em hábitos saudáveis, associando quando necessário fitoterapia, modulação hormonal e mesmo a medicina “tradicional”. Ou seja, não é só a estratégia ortomolecular em Medicina que vai ser utilizada no tratamento do seu caso (mais informações nas respectivas seções do site).

3 – Todos passamos por períodos difíceis em nossas vidas, infelizmente centenas de vezes. E é perfeitamente normal apresentar fases onde nosso humor parece estar “depressivo”. Nossa sociedade, erradamente, convencionou algo como “ficar triste é doença, que tem que ser tratada” e por isso multiplicam-se os usuários de antidepressivos e ansiolíticos (calmantes); mas o distúrbio está no estado constante de tristeza e humor “em baixa” (sobretudo se sem motivo) e não nos episódios ocasionais. Assim sendo, a primeira medida “anti-depressão” (e anti-ansiedade também) é não transformar a preocupação com sua saúde em mais um pesado fator de stress (e, por conseguinte, de doença).
Entretanto, se diagnosticada depressão (o que só pode ser adequadamente feito após avaliação detalhada e atenta), não são os antidepressivos o único recurso terapêutico. O tratamento da depressão passa obrigatoriamente por:

a.     Há uma causa identificável? Então precisa ser abordada e resolvida. Ou então o paciente ficará tomando medicamentos por toda uma vida porque com eles estará só paliando sintomas. Aqui, o apoio psicológico é muitas vezes valioso, se não indispensável.

b.     Em muitos casos de depressão, há falta de alguns neurotransmissores (substâncias que transmitem as diversas informações) e nutrientes no cérebro. Nestes casos, sem a reposição destes, não há possibilidade de falar-se em cura da depressão:

o   Será que a dieta está adequada, fornecendo ao organismo os nutrientes necessários (por exemplo para a fabricação dos neurotransmissores)? Se não, tem que ser melhorada.

o   Será que o intestino está funcionando bem e realmente absorvendo dos alimentos estes nutrientes necessários? O mal funcionamento intestinal não só reduz a absorção deles mas também aumenta a retenção de toxinas, o que pode prejudicar o funcionamento de todo o organismo (causando distúrbios).

o   Será que sua circulação sangüínea está boa o suficiente para transportar os nutrientes até seu cérebro (ou onde devam chegar)? Afinal, de nada adianta absorvê-los bem mas eles não chegarem onde são necessários.

c.      Como tudo no corpo, depois que os neurotransmissores cumprem sua função são inutilizados/inativados pelo próprio organismo. A maioria dos antidepressivos age reduzindo esta inutilização/inativação, assim deixando-os agir por mais tempo.

Espero que tenha ficado claro que para tratar um quadro de depressão, muito mais tem que ser considerado que só administrar antidepressivos. E é exatamente por isso que tanta gente experimenta insucesso nos seus tratamentos, tanto de depressão quanto de ansiedade.

Mas fuja dos rótulos! Por que é tão importante assim que você necessariamente tenha um nome para o seu conjunto de sinais e sintomas atual? Na minha opinião:

– Procure pelas causas e agravantes psicológicos do seu quadro clínico, trabalhando para resolvê-los;

– Arranje tempo para cuidar de você mesma e sua saúde, em todos os níveis (lembre-se que, se você adoecer, será obrigada a conseguir este tempo, até de forma mais urgente);

– Corrija erros nos seus Hábitos de Vida (http://www.icaro.med.br/videos/viver-o-que-e-necessario);

– Trate-se;

Por fim, respondendo à sua dúvida: SIM, a ortomolecular (junto à homeopatia e Hábitos Saudáveis de Vida) pode te ajudar. Mas só teremos certeza disso após avaliação e acompanhamento em consultório.

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