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Alunos da USP ouviram barulho de tiro de dentro da sala de aula

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O barulho do tiro disparado por criminosos contra o estudante da USP (Universidade de São Paulo) Alexandre Simão de Oliveira Cardoso, de 28 anos, na noite desta terça-feira (1º),foi ouvido por alunos que estavam dentro da sala de aula.

A vítima, que é estudante do quarto ano do curso de Letras, estava em frente ao prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), na Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo, por volta das 21h desta terça-feira, quando foi abordado por assaltantes e acabou levando um tiro nas costas. Três adolescentes foram detidos.

“A gente ouviu um barulho de tiro assim muito forte e quando o pessoal olhou na janela tinha umas pessoas correndo e um cara de moto que saiu correndo também na moto”, conta Verônica Tozarini, estudante de letras.

A mãe de outro aluno estava estacionando o carro na hora do crime e viu o estudante sendo baleado. “A gente tava conversando e de repente começou a escutar um barulho, um som, parecia tiro. Quando a gente olhou, viu o rapaz correndo na frente dizendo ‘não, não tenho’, falando algo e dois caras atirando atrás”, conta.

Segundo testemunhas, após ser baleado, Alexandre saiu correndo pedindo socorro e caiu na escada em frente ao prédio da faculdade. Ainda de acordo com testemunhas, a vítima teria reagido ao assalto.

O pai da vítima, o aposentado Alberto de Oliveira Cardoso, estava em uma festa de família quando recebeu a notícia que o filho havia sido baleado.

“Tava comemorando o aniversário do meu filho mais velho e quando, na verdade o sogro dele falou, me ligou, aí deu aquele baque. Aí nós viemos pra cá”, disse. Segundo o aposentado, o filho está fora de perigo após passar por uma cirurgia.

Em nota, a reitoria da USP lamenta profundamente a ocorrência de mais um caso de violência. Garantir a segurança dos usuários do campus tem sido uma das principais metas da Administração Central da Universidade. (Veja abaixo a nota na íntegra).

Desde o início deste ano, a Secretaria de Segurança Pública e a Reitoria, com participação da Comissão de Direitos Humanos, estão trabalhando juntos em um modelo próprio de policiamento comunitário. A universidade também informa que implantou um novo sistema de iluminação e monitoramento de áreas comuns.

Violência no campus
Em maio de 2011, o estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi baleado e morreu no estacionamento do campus da USP. Ele estudava na Faculdade de Economia, Educação Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP) e foi atingido na cabeça.

Segundo a polícia, a vítima havia tirado dinheiro em um caixa eletrônico dentro da universidade e foi perseguida até seu carro. O rapaz tentou entrar no veículo para se proteger quando foi abordado pelos criminosos, mas foi atingido por um revólver calibre 380 e não resistiu.

Dois suspeitos do assassinato foram condenados à prisão em julgamento realizado em 2012. No ano passado, um dos acusados teve sua pena aumentada em dois anos, para 16 anos de prisão em regime fechado.

Nota
“A Reitoria lamenta, profundamente, a ocorrência de mais um caso de violência, no interior da Cidade Universitária, em que o estudante Alexandre Simão Oliveira Cardoso, de 28 anos, aluno do quarto ano do curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), foi baleado após uma tentativa de assalto, nas proximidades da avenida Luciano Gualberto.

O aluno foi socorrido pela Guarda e levado para o Hospital Universitário, onde passou por cirurgia e segue internado. Seu quadro de saúde é estável.

Garantir a segurança dos usuários do campus tem sido uma das principais metas da Administração Central da Universidade. Desde o início deste ano, a Secretaria de Segurança Pública e a Reitoria, com participação da Comissão de Direitos Humanos, estão trabalhando juntos em um modelo próprio de policiamento comunitário, batizado de “USP Segura”.

O projeto prevê a participação de policiais com perfil próximo ao dos estudantes, com idade de até 26 anos e formação universitária. O objetivo é integrar os policiais com a comunidade e trabalhar em conjunto com a Guarda Universitária.

Além disso, foi implantado um novo sistema de iluminação e está em fase de licitação o sistema de monitoramento das áreas comuns do campus, com a instalação de mais de 450 câmeras.”

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