Conecte Conosco

Brasil

Após PM matar jovem, moradores entram em confronto com policiais

Publicado

em

Um suspeito de ter assaltado um estacionamento foi baleado e morto por policiais militares na pensão onde morava na noite de segunda-feira (16), na região da Liberdade, no Centro de São Paulo. Revoltados com a ação da polícia, moradores entram em confronto com a polícia na madrugada desta terça-feira (17).

De acordo com a Polícia Militar, o suspeito resistiu à prisão na Rua dos Estudantes e ainda atirou na direção dos policiais. Os oficiais da Força Tática revidaram e acertam o suspeito dentro de uma pensão. A vítima teria cerca de 20 anos.

Os moradores ficaram revoltados e enfrentaram os policiais jogando pedras enquanto os PMs revidaram com bombas de efeito moral, de acordo com o Bom Dia São Paulo. Dois carros foram também incendiados.

Uma mulher de 61 anos, que não quis se identificar por medo de represálias, disse, por telefone, que os moradores não atacaram os policiais. Ela passou na frente da pensão enquanto se deslocava até a casa da filha por volta de 23h de segunda-feira.

“Quando eu passei tinha um carro da polícia parado na esquina e um policial do lado de fora. Lá dentro eu não sei quantos estavam porque eu não vi. Depois que eu ouvi os tiros eu voltei e procurei me defender”, afirmou.

A testemunha disse ter visto uma mulher na frente da pensão gritando muito. “Eu vi a mulher que gritava, tremia, desesperada. Ela dizia: ‘Pegaram meu filho deitado, dormindo’ e pedia para entrar na pensão. Os policiais não deixaram. Depois eu vi o carro do IML chegar e entendi que ele tinha morrido”, afirmou. Ela contou que uma gestante, que seria esposa da vítima, e uma criança também deixaram a pensão depois dos disparos.

Os gritos da mulher chamaram a atenção dos vizinhos que se concentraram na rua, ainda segundo a testemunha. Depois do ocorrido, vários carros da Polícia Militar chegaram ao local. “Escutei reportagem dizendo que as pessoas reagiram com pedra, mas não é verdade. Não tinha ninguém agredindo os policiais. Até eu mesmo estava no meio. Não tinha para onde eu correr. Eu fiquei rezando. Tinha bomba muito forte mesmo.”

O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Fonte: G1

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados